Em entrevista exclusiva à TV Gazeta, nesta quarta-feira, 19, o advogado Wellington Silva, defesa dos policiais acusados de assassinar a enfermeira Géssica Oliveira, durante perseguição na BR-317 em dezembro de 2023, afirma que não existe prova para comprovar que a cena do fato foi alterada pelos militares.
No inquérito policial concluído nesta segunda-feira, 17, os sargentos da Polícia Militar do Acre (PM-AC), Cleonizio Marques Vilas Boas e Gleyson Costa de Souza, são indiciados pelo crime de fraude processual, além de homicídio qualificado.
“Existe uma grande inconsistência na prova pericial apresentada. Algumas perícias deixaram de ser realizadas. Outras perícias que não têm base técnico-científica alguma fizeram afirmações que não poderiam fazer”, diz Wellington Silva.
De acordo com ele, não existem elementos para que a afirmação de que eles colocaram uma arma de fogo na cena seja feita. Além disso, o advogado ressalta que a arma encontrada no local do ocorrido não possuía DNA dos acusados.
“Primeiro, não tinha elementos suficientes para fazê-lo. Segundo, fizeram uma análise minuciosa de elementos que não foram coletados ou que não foram realizados. Por exemplo, na arma não tem evidências de que os acusados manusearam esse armamento, porque não existe DNA deles”, afirma.
Wellington Silva deixa claro que não existe prova concreta de que a arma tenha sido inserida pelos policiais que fizeram a perseguição da enfermeira enquanto ela estava em surto psicótico.
“Por outro lado, fala-se que houve uma fraude processual, ou seja, que essa arma foi plantada ou foi inserida pelos policiais no local. A prova não caminha nesse sentido. Não há uma prova robusta e eficiente que comprove que a cena dos fatos foi alterada”
Com informações do repórter Luan Rodrigo para a TV Gazeta