Disse ainda que Bolsonaro refletiu visão do governo
A visita do vice-presidente Hamilton Mourão ao Centro de Geoprocessamento Ambiental durou quase duas horas. Ele conheceu a rede de monitoramento do clima, criado pelo governo do Acre, para combater os crimes ambientais.
Em seguida, o vice-presidente participou de uma coletiva de imprensa onde falou sobre as políticas do Governo Federal para combater as queimadas na Amazônia.
Hamilton Mourão foi questionado sobre o discurso do presidente, Jair Bolsonaro, na Organização das Nações Unidas (ONU) quando disse que o Brasil vem sofrendo uma propaganda negativa, aumentando as queimadas na Amazônia e que a culpa dos incêndios é dos caboclos e “índios”.
“O presidente Bolsonaro ontem em seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas expressou a visão do Governo Federal. Então, não compete a mim ficar prestando esclarecimentos ou tecendo comentários sobre as palavras do presidente, até porque eu sou o vice-presidente dele”, afirmou Mourão.
O vice-presidente disse ainda que segundo o Código Florestal 20% de cada propriedade na Amazônia podem ser exploradas. Na autorização pra supressão vegetal o proprietário pode plantar ou criar gado.
“Nós não negamos em nenhum momento a existência das ilegalidades, eu vim aqui [Acre] exatamente para verificar um trabalho integrado no sentido de termos uma melhor forma de combatê-lo. O que ocorre é um exagero na divulgação desses dados, esse é o ponto focal da questão”, finalizou.
Mourão chegou ao Acre no final desta terça-feira (22), mas antes fez um sobrevoo em três áreas de Rondônia consideradas pontos de queimadas permanentes. O Governo Federal qualificou 18 áreas em toda a Amazônia não param de queimar, mas nenhuma delas fica no Acre.