Deputado estadual Luis Tchê, do Partido Democrático Trabalhista, comentou sobre no Gazeta Entrevista
O estado do Acre, assim como o de Rondônia, foi autorizado pelo conselho nacional de política fazendária, a comercializar, até 500 mil cabeças de gado com redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (Icms). O decreto que regulamenta essa diminuição no valor cobrado do imposto pode ser assinado a qualquer momento. A baixa sobre a base de cálculo é de 66,67%, com isso o produtor vai conseguir vender bezerros para outros estados com uma melhor margem de lucro.
O deputado estadual Luis Tchê, do Partido Democrático Trabalhista, comentou sobre no Gazeta Entrevista. “Tem uma demanda reprimida nos frigoríficos que é a escala, a escala ela vai em 30 a 40 dias, então por exemplo, se o pecuarista quiser matar o gado dele, tem uma escala de 40 dias. Porque o pecuarista, não é o micro e pequeno empreendedor que não consegue tirar o bezerro hoje, cai muito o preço pra ele. E depois disso fica inviável, e a produção de fora opta por vaca pra criar”.
E o que pode ser bom para o criador, pode não ser tão bom assim para o consumidor acreano. É que se tirar muitas cabeças de uma só vez aqui do Acre, nos próximos anos teremos pouco gado no campo. E pouco gado para o abate significa aumento no preço do quilo da carne.
Para Carlos Franco, economista, fica claro que o resultado do decreto pode satisfazer, apenas, um determinado grupo: o dos produtores de gado. E o motivo é claro, com uma taxação menor, os lucros aumentam. Mas a grande preocupação, mesmo, é de como o mercado vai se comportar em alguns anos.
O especialista Carlos Franco acredita que, se a intenção do governo é garantir um melhor preço, na compra da carne, para o consumidor acreano, essa não seria a estratégia mais certa. Carlos Franco acredita que, sim, reduzir o ICMS é o caminho, mas não para a venda externa.
Informações de Débora Ribeiro