Castanha do Acre: da floresta, o sustento de duas mil famílias
No aeroporto de Rio Branco, mais um carregamento de castanha deixa o estado. Seis toneladas do produto seguem para vários destinos do país. Todo processo começa nas usinas de beneficiamento da Cooperacre, a Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre .
Uma das unidades fica em Brasileia. A castanha chega ao local ainda com casca. O galpão de armazenagem possui tecnologia para evitar a presença de animais indesejados, como roedores. a partir das esteiras, a castanha cumpre mais uma etapa do beneficiamento.
A retirada da casca ocorre após o processo conhecido como secagem. A seleção da amêndoa passa pelo criterioso olhar de dez mulheres. A rapidez é marca registrada. E essa presença feminina tem explicação. “Já fizemos experiências com homens e vimos que as mulheres são mais ágeis”, revela o gerente da usina, Reginaldo Teixeira.
Depois de tudo selecionado, a castanha é levada para estufas. Lugar onde ela vai ser aquecida e desidratada, ou seja, todo líquido será retirado. São 35 horas de espera. Depois disso, mais outra seleção para classificar o tipo de castanha. Por último, o produto ganha outra embalagem, dessa vez, a vácuo.
Ao todo, o processo de beneficiamento leva quatro dias. São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul são os maiores compradores da castanha acreana. A Cooperacre existe há 13 anos. Em 2001, a lata da castanha custava R$ 2,50. Atualmente, não sai por menos de R$ 32.
Toda a cadeia produtiva envolve duas mil famílias. Somente nas usinas de Brasileia e Xapuri são 140 empregos diretos. Já em termos de produção, o beneficiamento é de, aproximadamente, 30 toneladas/dia. E este número vai aumentar. Ainda este ano, outra usina será inaugurada em Rio Branco. A unidade vai dobrar a capacidade da cooperativa. As máquinas modernas estão em fase final de instalação.
No ‘Gazeta em Manchete’ desta terça-feira, 25, confira a reportagem completa. O programa vai ao ar às 19h15, logo após o Jornal da Record.