Peritos do Departamento de Polícia Técnica e Científica, na noite de quarta-feira (23), retornaram à Rua São Sebastião, em Rio Branco, para realizar uma nova reconstituição do caso que resultou na morte de Juliana Chaar, de 36 anos. A vítima foi atropelada no dia 21 de junho, após uma confusão generalizada que começou em uma casa noturna próxima ao local envolvendo tiros.
O novo trabalho pericial teve como foco a análise balística para identificar se a arma de fogo encontrada dentro da caminhonete dirigida por Diego Luiz Góes Passos, acusado do atropelamento, foi a mesma utilizada durante os disparos feitos naquela noite. A pistola, de calibre 9 milímetros, foi localizada no veículo abandonado no Segundo Distrito da capital quase um mês após o crime.

“Já em fase final de elaboração do laudo, nós viemos aqui e fizemos os últimos levantamentos para o fechamento do documento e, em seguida, apresentar à autoridade solicitante. Fizemos análise de trajetória balística, identificamos os disparos que ocorreram no dia, e voltamos agora apenas para complementar informações já coletadas anteriormente”, explicou o perito Marcos Lourenço, que coordenou a nova reconstituição.
As câmeras de segurança da região flagraram toda a sequência do crime, desde a briga que começou dentro do estabelecimento até o momento em que Diego, já na caminhonete, persegue e atinge Juliana. Imagens também mostram o instante em que o acusado saca uma arma antes de realizar disparos em plena via pública.
A investigação está sendo conduzida pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), sob responsabilidade dos delegados Cristiano Bastos e Alcino Ferreira Jr. A equipe aguarda os resultados das análises periciais, tanto da arma quanto da cena do crime, para confirmar se os tiros partiram de fato da pistola 9mm encontrada no veículo.

Além da balística, a perícia também analisa a velocidade do carro e pontos de impacto no local do atropelamento.
“Esses dados técnicos são fundamentais para estabelecer a dinâmica do crime e responsabilizar corretamente os envolvidos”, apontou o perito.
Diego Luiz Góes Passos foi preso no dia 15 de julho pela equipe do Grupo Especial de Fronteira (Gefron). Desde então, o caso ganhou novos desdobramentos e segue em andamento com grande repercussão na opinião pública. A expectativa é de que o laudo final seja entregue nos próximos dias, ajudando a esclarecer pontos cruciais da investigação e subsidiar o inquérito com provas técnicas robustas.
Com informações do repórter Luan Rodrigo para TV Gazeta