Mais uma semana que eu tomo a liberdade de aparecer aqui na coluna Os Estagiários…
E mais uma semana que o tema que eu trago é a Segunda Guerra Mundial, e em especial, o nazismo. É realmente um tema que me instiga e faz querer ler e compreender sempre mais. E a Netflix sabe o que a gente gosta e sempre faz sugestões pontuais nos nossos temas…
Foi assim que “O fotógrafo de Mauthausen” apareceu pra mim, como sugestão da dona Netflix. E foi uma sugestão acertada.
Dirigido por Mar Targarona, o longa aborda uma história ligada ao complexo de campos de concentração de Mauthausen, durante a Segunda Guerra Mundial, sob a ótica do fotógrafo espanhol Francesc Boix, que era escravo no local.
Localizado na Áustria, os complexos de Campos de Concentração de Mauthausen detiveram centenas de milhares de prisioneiros durante o período do Holocausto. Os prisioneiros eram selecionados para trabalhar em condições de escravidão nas mais diferentes funções.
Uma das funções “disponíveis” no campo de concentração era para auxiliar na sala escura de revelações fotográficas de Mauthausen, a qual foi designada para o espanhol Francesc Boix. Tudo era registrado. Desde retratos comuns a corpos empilhados, bem como fotos dos métodos de tortura e de barbárie do regime.
Conseguimos perceber dois momentos no filme. Existe uma quebra. A primeira parte mostra o dia a dia das pessoas naquele campo de concentração, o que faziam, como sobreviviam, a organização em pequenas comunidades como forma de sobrevivência lá dentro. Essa primeira parte é mais linear, mas não deixa de ser interessante.
Já o restante do filme trata do momento em que o alemães descobrem que a guerra estava perdida, momento em que Hitler ordenou que todos os arquivos de Mauthausen fossem exterminados e que desaparecessem completamente. Foi nesse momento que Boix percebeu que a ordem se tratava de uma queima de arquivos, no sentido literal mesmo, para evitar condenações futuras. E aí que começa a trama do filme.
Todos os registros eram arquivados em papel negativo. Enquanto Boix e seus colegas acatam a ordem dos nazistas, o fotógrafo protege uma única caixa com vários negativos que comprovavam as brutalidades cometidas no local. Porém, a decisão é arriscada e perigosa, já que qualquer atividade suspeita era passível de pena de morte…
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Pâmela Freitas é jornalista formada pela Ufac, pós-graduada em Jornalismo Digital pela Unyleya e repórter no site Agazeta.net