Sessão extra
E na calada da tardinha de terça-feira, os deputados foram convocados para uma sessão extraordinária. Os parlamentares que encerraram os trabalhos legislativos na quinta-feira da semana passada tiveram que voltar correndo.
Sessão extra II
Sessão extraordinária sempre foi sinônimo de jetom. Nem um piu foi dado sobre as extraordinárias que garantiram a aprovação do orçamento- nem a oposição piou. Se receberam, também ninguém devolveu. Nem a oposição! Agora, mais uma? Será o peru de Natal?
Sessão extra III
Enquanto isso em Brasileia, os vereadores realizaram perto de 10 sessões extraordinárias durante o ano. Nos estertores de 2015, ainda vão realizar mais uma. Juram de pé junto que não receberam e não recebem nada por isso. Que é só “amor ao trabalho”. Alguém acredita?
Bomba
Essa questão envolvendo a sessão extraordinária da Aleac entra para aquele grupo de condutas difíceis de compreender. Circulou a informação de que os deputados haviam sido convocados para uma sessão extraordinária para aprovar um novo empréstimo de US$ 150 milhões. Foi uma bomba no fim da tarde de terça na ante-véspera do Natal.
Fato
Na verdade, não se trata de um novo empréstimo. Essa cifra de US$ 150 milhões já foi apresentada à Aleac em 2013, ainda na legislatura passada. Ocorre que, no ano seguinte, em 2014, começou o “cangaço da crise”. E aí, a verba do Banco Mundial foi contingenciada pelo Governo Federal. E o ex-ministro Joaquim Levy tinha vários cadeados para essa verba e não dava a chave para ninguém.
Briga
O Governo do Acre briga, entre uma audiência e outra em Brasília, para demonstrar que o Acre tem capacidade de endividamento que justifica a liberação de parcelas do empréstimo de US$ 150 milhões. Mas, Brasília sabe que o principal credor dos Estados é a União. Em um ambiente de crise, o Governo segura, ao máximo esse dinheiro em caixa.
Paradoxo Tostines
Os empréstimos aplicados em atividades produtivas e que gerem renda fomentam o crescimento econômico com distribuição de renda? Se liberar o dinheiro do empréstimo a União fica mais endividada? Mas, e se não liberar, como fomentar as atividades econômicas? E as atividades escolhidas pelos governos têm fundamento científico? Ou são frutos dos humores e amizades de quem governa?
Baixa
Leitor lembra que apesar da baixa aprovação popular, que beira os 5% (nem a Dilma desceu tanto, rs), os políticos continuam brincando com a inteligência do eleitor.
Almoço
A ex-deputada federal Antônia Lúcia convidou a imprensa para um almoço nesta terça-feira. No mesmo horário, o presidente da Assembleia Legislativa decidiu homenagear os jornalistas políticos com um almoço. Como apenas uma rua separava as duas churrascarias, alguns jornalistas optaram por almoçar numa e comer a sobremesa na outra, para não descontentar ninguém.
Ufac
Curso de Física da Ufac é suspenso pelo MEC. Não atendeu aos crítérios estabelecidos pelo Conceito Preliminar de Curso. É uma situação lamentável. Ninguém comemora uma notícia dessas. O que não é possível é o reitor Minoru Kinpara exigir da imprensa a divulgação de “notícias positivas” em detrimento das ingerências praticadas ali e que, felizmente, não passaram despercebidas pelo MEC.
Ufac II
O site AGazeta.Net é um dos que mais divulga as ações da Ufac. Basta observar o histórico de matérias postadas. Mas, em nome do interesse público, é preciso informar as falhas observadas pelo próprio Governo Federal e que expõe ingerência na mais importante instituição científica do Acre. Nem todos os cursos da Ufac estão da mesma forma que o curso de Física. Que bom. Mas, não espere o reitor que o cidadão acriano tenha que agradecer por isso. Como gestor, é obrigação manter o mínimo de excelência. E cabe também salientar um detalhe: o trabalho da imprensa é um; o de assessoria de imprensa é outro.
Ufac III
O campus de Rio Branco parece o de uma universidade “xingling”, cheias de luz, brilhos e paineis; tem até caules de árvores pintados e as festas de confraternização da corte acadêmica são cheias de pompas e paetês. O engraçado é quando um professor precisa fazer uma ligação para Brasília para atender interesses da própria instituição (em salas de pró-reitoria) não é possível “por questões de gastos” ou “porque está cortado” etc etc.
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