Medalhas
O ministro Ricardo Lewandowski foi mais um a receber o Colar do Mérito Judiciário. O fato levou um coleguinha de hospício a constatar que o Acre distribui tantas medalhas, que faria inveja ao Muttley. Aquele cachorro dos desenhos do Cartoon Network que vive pedindo medalhas.
Medalhas II
Mas, o ministro, além da medalha, levou do Acre um colar de reclamações. Os funcionários da Justiça (em greve), o recepcionaram com um protesto. Coisa de acriano. Sangue quente e pavio curto. Dizem que o ministro não gostou nem um pouco da recepção, calorosa demais para a fleuma ministerial.
Aparato
E a população quando viu o aparato colocado à disposição do ministro, automaticamente se posicionou em favor dos grevistas. O Governo do Estado destacou a Polícia Militar, o COE e até ambulância para recepcionar Lewandowski. Os espectadores acham que o Governo do Acre estava prevendo um ataque do Mapinguari.
Ufac
A greve da Ufac que já passou dos cem dias, pode se estender por outros cem. Os grevistas afirmam que não é só o reajuste salarial que está em jogo, mas principalmente o desmonte da educação pública superior. Ruim para todos, porque os estudantes vão perder o semestre e o desmonte vai prosseguir porque o Governo Federal fez uma clara opção pelo modelo neoliberal.
Expondo a ferida
E o comando de greve da Ufac publicou um jornal onde mostra no que é investido o dinheiro que vem para a Universidade Federal do Acre. R$ 1.500 milhão para os professores, o equivalente a R$ 6,63 por dia, enquanto a prefeitura do campus, encarregada da perfumaria, fontes e placas luminosas, recebe R$ 17.706.206 milhões por ano. O equivalente a R$ 49 mil por dia. O investimento não deixa dúvidas sobre o que é prioridade para atual gestão.
Greve
Em todo o país, os professores universitários estão em pé de guerra. O Governo Federal cortou R$ 12 bi das universidades e investiu igual valor no Fies (Financiamento estudantil), que só beneficia os tubarões das faculdades da rede privada. Isso é o que se chama de tirar do público para entregar ao privado.
Deu no FT
O jornal britânico Financial Times soltou o verbo. No editorial “A terrível queda da graça econômica do Brasil”, o jornal desanca uma série de argumentos que classificam o Brasil como um paciente em “declínio terminal”.
Deu no FT II
O texto relaciona a crise econômica com os escândalos políticos e a incapacidade do Governo e do próprio Congresso em dar “respostas”. “O sistema político do Brasil sempre foi conhecido por ser podre. Agora, ele também não está funcionando”.
Pior sem ele
O jornal usa a expressão “uma bagunça” para se referir à economia brasileira diante da recessão deste ano e do ano que vem. E, aos que estão pensando na fragilidade do ministro Levy, o jornal avisa que se a situação está ruim com ele, muito pior será sem ele. “Se ele sair, os investidores terão uma visão sombria da capacidade do governo de endireitar as contas públicas”.
Conspiração
Há uma parte da sociedade brasileira que trabalha com a tese de que “não existe crise”; de que esta sensação de crise é uma espécie de “fabricação”, moldada por interesses do “grande capital”; que as agências de classificação de risco (rating) trabalham em prol dos países ricos; que o Financial Times está a serviço de grandes empresas etc. etc.
Conspiração II
Essa tese tem alguns acertos, mas escamoteia um problema quase o óbvio: o erro na condução da política econômica brasileira. Erro este, inclusive, admitido pela própria presidente em pronunciamento oficial na internet no dia 7 de setembro. Em grande parte, a situação da economia brasileira de hoje resulta de decisões equivocadas do Planalto. E isso gerou crise, sim.
Cortes
A coisa tá feia, ó! Governador Tião Viana esteve ontem em Brasília, atendendo a um chamamento emergencial da presidente Dilma Rousseff. A ordem da comandante pode ser resumido em uma suposta conversa. “Meus queridos aliados, é de vocês que espero a maior demonstração de lealdade. Haverá cortes em Minha Casa Minha Vida, vai voltar a CPMF, corte no PAC. Agora, é que vou precisar de vocês mais do que nunca”.
Cortes II
Com isso, só foi preservado o Bolsa-família, por questões eleitoralmente óbvias. No mais, tudo levou tesourada. Com isso, obras importantes como as grandes duplicações previstas para Rio Branco, Shopping Popular, Cidade do Povo… tudo vai ter o freio de mão puxado.
Alan Rick
“Sou contra. Serei contra e votarei contra”. Do deputado Alan Rick (PRB/AC), a respeito da CPMF.
Piaba do Jurilande
O retorno do governador à agenda oficial marca o fim da viagem internacional à Itália e a Israel. No oriente, uma missão acriana foi conhecer a experiência do manejo de peixes e tentar melhorar a produtividade no programa de piscicultura do Acre. É bom que tenha vários peixes na cartola porque até o momento, o que se teve de prático da viagem foi o entusiasmo do presidente da Acisa, Jurilande Aragão, que se encantou com meia dúzia de piabas que deram o ar da graça em um dos tanques por lá. O “Juri” (como é carinhosamente chamado pelos colegas empresários) estava uma empolgação só.
Vice, não
Os partidos “nanicos” parecem estar resolvidos a dar trabalho ao secretário de Articulação Institucional, Francisco Nepomuceno, o “Carioca”. Há integrantes dessas agremiações que voltaram a falar no nome do apresentador de televisão Edvaldo Souza para concorrer à Prefeitura de Rio Branco. Indagado sobre o assunto, o jornalista demonstrou simpatia à ideia. Sobre a possibilidade de ser vice, foi taxativo. “Não nasci para ser vice”, avisou.