Com a globalização, as inovações tecnológicas trazem pontos positivos e a capacidade de melhorar a qualidade de vida dos indivíduos de uma sociedade. Outros aspectos, entretanto, merecem certa preocupação. Não com o objetivo de proibir o seu uso, mas com o objetivo de garantir sua melhor utilização.
De tempos em tempos, o mundo passa por grandes revoluções científicas e tecnológicas, como exemplo desse avanço, pode-se destacar a inteligência artificial que ganha destaque pela possibilidade de ser projetada para produzir textos e, em alguns casos, responder perguntas em um contexto escolar ou acadêmico e ser usada para desenvolver uma dissertação sobre qualquer assunto, ou seja, enganando o percurso que o estudante deveria fazer para uma efetiva aprendizagem.
Nesse contexto, fica a dúvida se o uso da inteligência artificial na educação pode ser considerada uma amiga ou não. Observando a situação do professor, esse tipo de tecnologia tem um grande potencial de ajudá-lo a elaborar questões, fazer planejamento de aula e avaliar o desempenho dos alunos. Contudo, do lado do estudante, o processo é mais complicado, tendo em vista que essa tecnologia deve ser um recurso de pesquisa e obtenção de conhecimento, e não uma ferramenta que substitua o papel do professor ou faça com que o aluno deixe de exercer suas habilidades de produção de texto e desenvolvimento do seu senso crítico.
Tudo isso é preocupante, tendo em vista que o aluno deve entender que essa inteligência artificial é um facilitador no processo de pesquisa, pois o que antes era uma atividade mais demorada, hoje pode ser resolvido em questão de segundos na internet. Nesse sentido, o objetivo dessa ferramenta tecnológica é fazer com que máquinas realizem tarefas humanas, o que inclui a habilidade de aprender, raciocinar, tomar decisões e até resolver problemas.
Entretanto, a educação é um direito de todos como prática do desenvolvimento humano, e algumas atribuições da instituição de ensino, do professor e do aluno não devem ser substituídas, como o raciocínio lógico, empatia, ética e o senso crítico, ou seja, papeis que uma inteligência artificial não deve fazer porque reduz a criatividade do aluno e torna o ambiente escolar pouco eficiente. Portanto, diante do cenário de evolução dos meios tecnológicos, percebe-se que os princípios básicos da educação podem estar ameaçados e, mesmo que apresente pontos positivos, a inteligência artificial não deve jamais substituir o papel da escola e do professor.