O transporte coletivo de Rio Branco enfrentou uma paralisação na manhã desta segunda-feira (13), que rapidamente se transformou em um cenário caótico no Terminal Urbano. A entrada do terminal foi bloqueada, forçando os ônibus a parar na Avenida Brasil e os passageiros a embarcar de forma improvisada no meio da avenida, em meio a riscos significativos à segurança.
Desde as primeiras horas do dia, motoristas de ônibus se reuniram em protesto, bloqueando a entrada do Terminal. Isso forçou os veículos a pararem na avenida, onde a polícia precisou interditar a rua para garantir a segurança dos passageiros. O embarque e desembarque, entretanto, continuaram de forma desordenada, com as pessoas se arriscando em áreas sem proteção.
A paralisação foi motivada pelo não pagamento de salários e benefícios aos motoristas pela empresa Ricco Transportes, que administra o serviço de transporte coletivo sob um contrato emergencial com a prefeitura. Os trabalhadores alegam que estão sem receber o vale-refeição e a cesta básica desde novembro, além de não terem recebido o salário de janeiro até o momento.
Além dos atrasos salariais, os motoristas denunciaram as péssimas condições dos ônibus, muitos deles com mais de uma década de uso, sem manutenção adequada e com elevadores para cadeirantes frequentemente inoperantes. “Estamos trabalhando com veículos antigos e inadequados, o que prejudica não apenas os trabalhadores, mas também os usuários”, afirmou um motorista.
A prefeitura informou que o orçamento só será liberado no dia 20 de janeiro, data prevista para o repasse de recursos à empresa Ricco, o que permitiria a quitação dos débitos com os trabalhadores. No entanto, os motoristas rejeitaram a proposta de esperar mais uma semana, exigindo uma solução imediata.
A paralisação afetou severamente a população que depende do transporte público, com relatos de pessoas perdendo consultas médicas importantes devido ao caos. O senhor José Pereira do Nascimento, que aguardava por uma consulta marcada há um ano, lamentou: “Quando a gente perde a consulta, não sabe quando vai poder marcar de novo, mas como é que eu vou chegar lá?”
A população e os trabalhadores esperam que uma solução seja encontrada rapidamente para normalizar o serviço e atender às demandas legítimas dos motoristas e da população.
Com informações do repórter Adailson Oliveira para Tv Gazeta