Maldade descabida
“Perderam em 64, perderam agora em 2016… contra o comunismo, pela nossa liberdade… em memória do Cel. Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff… eu voto sim”. Essa foi, em síntese a justificativa do deputado Jair Bolsonaro (PSC/RJ) para votar pelo prosseguimento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Maldade descabida II
Há uma maldade sem limites na fala… uma maldade que surpreendeu até mesmo os colegas de oposição do parlamentar fluminense. Carlos Alberto Brilhante Ustra é um coronel reformado do Exército Brasileiro, acusado de ser o torturador de Dilma Rousseff durante a ditadura militar.
Maldade descabida III
Independente de ser contra ou a favor do impeachment (a coluna frisa: independente de ser contra ou a favor do impeachment) fazer apologia a tortura, enaltecer a figura de uma personagem que sabidamente torturou uma pessoa é uma postura deplorável, condenável. É um cálculo maldoso, pleno de veneno.
É o Brasil
Fale a verdade, leitor! A Câmara dos Deputados não é a cara do Brasil? É cada figura!
Rescaldo
Agora, é contabilizar politicamente as consequências do impedimento para o Acre. Levando em conta que, no Senado, o cenário é muito mais adverso para o governo, a chegada de Temer no Planalto é questão de tempo. Se assim for, como o Palácio Rio Branco vai se portar?
Interlocutor
O senador Jorge Viana (PT/AC), pela habilidade com que se referiu ao PMDB durante todo o processo e pela boa relação que mantém com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB/AL), pode ser um parlamentar estratégico para construir pontes entre o Acre e o provável ocupante do Planalto.
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