Foram indiciados três suspeitos, entre eles, o ex-secretário de zeladoria Keliton Carvalho e mais dois diretores
Nesta sexta-feira,24, o delegado de Polícia Civil, Judson Barros concluiu o inquérito, após um ano de investigação sobre o crime ambiental cometido no aterro de inertes, localizado na estrada da Transacreana, em Rio Branco. Foram indiciados três suspeitos, entre eles, o ex-secretário da Secretaria Municipal de Zeladoria da Cidade Rio Branco (SMZC), Keliton Carvalho e mais dois diretores responsáveis pelo projeto da troca do LED e do aterro de inertes.
Além disso, o delegado não irá indiciar as duas empresas que estavam envolvidas, pois uma fazia parte da manutenção da rede e a outra fazia a troca das lâmpadas de LED. De acordo com o inquérito, essas empresas traziam material para SMZC e depois levavam para o aterro de inerte. Quem também ficou fora do indiciamento, foi a ex-prefeita Socorro Neri, do PT, segundo o delegado, ela não sabia de nada.
De acordo com Barros, a direção da Secretaria de Zeladoria é quem dava a destinação dos materiais elétricos e o transporte era feito por veículos da prefeitura de Rio Branco, já a ex-prefeita Socorro Neri, o delegado disse que não encontrou nada que ligasse a ex-gestora a decisão de enterrar os equipamentos elétricos.
Os indiciados vão responder pelo crime de poluição que prevê detenção de um a quatro anos e multa. O inquérito agora segue para o Judiciário e depois, o Ministério Público do Acre, que vai apresentar a denúncia.
“O Ministério Público é o autor da ação penal, dessa forma, nós vamos levar ao conhecimento do Judiciário e do Ministério Público o indiciamento dessas três pessoas da zeladoria, mas o Ministério Público pode entender diferente e querer fazer a denúncia incluindo outras pessoas”, conclui o delegado.
Quando o inquérito chegar ao MPAC, o promotor responsável pode fazer nova investigação e apontar outros envolvidos no crime ambiental.
Entenda o caso
A Polícia Civil informou que durante a troca de material para instalação do serviço de LED na iluminação pública de Rio Branco parte dos equipamentos elétricos retirados foram colocados em covas no aterro que fica na Estrada Transacreana. Foram encontrados 663 reatores 620 remédios e 141 lâmpadas. De acordo com o delegado, “essa quantidade é muito pequena em relação ao que foi enterrado”.
Segundo o administrador do aterro, vários caminhões chegaram carregados com materiais elétricos no local, mas como foram jogados outros entulhos sobre as covas ficou difícil encontrar todo o material elétrico, entretanto, ele afirma que o que foi retirado mostra que houve um crime de poluição tendo como principal causador a Prefeitura de Rio Branco.
Com informações de Adailson Oliveira para TV Gazeta