Objetos foram enterrados no aterro de inertes na Transacreana
O material radioativo enterrado no aterro de internes na Transacreana configura crime ambiental, por isso, a Polícia Civil está investigando os possíveis responsáveis.
O delegado de Polícia Civil, Judson Barros, informou que o material encontrado pelas equipes de policiais no aterro são produtos do crime e devem ser catalogados. “Encontramos grande quantidade de relés, reatores e pedaços de lâmpadas que devem ter quebrado no momento em que foram enterrados ou desenterrados, todo esse material é produto do crime e será catalogado para podermos encaminhar para investigação do inquérito”, relatou o delegado.
De acordo com Barros, a partir de agora as pessoas envolvidas devem ser ouvidas, tanto a Prefeitura de Rio Branco, como as empresas que tinham um contrato com a Zeladoria e cuidavam da iluminação pública da cidade.
Entenda o caso:
A Polícia Civil realizou buscas no aterro de inertes de Rio Branco, localizado na Transacreana no dia 8 de julho, após uma denúncia de um servidor público que registrou um Boletim de Ocorrência. A Prefeitura de Rio Branco teria ordenado o despejo desse material radioativo.
No local, os policiais encontraram materiais tóxicos e radioativos que deveriam ter seguido a Política Nacional de Resíduos Sólidos, atendendo o que é chamado de logística reversa, ou seja, os materiais jamais poderiam ter sido enterrados.
“Esses materiais deveriam ter sido entregues a uma empresa responsável para que fosse dado uma destinação correta e se fosse possível fazer uma reciclagem, mas o material foi todo enterrado, o que representa crime ambiental muito grave”, contou o delegado Judson Barros.
Empresa pode ser responsabilizada
No Brasil, pessoa jurídica não responde criminalmente, exceto em casos de crimes ambientais. Por isso, de acordo com o delegado, as pessoas jurídicas privadas envolvidas no possível crime ambiental podem ser responsabilizadas e responder criminalmente quando o inquérito for concluído.
Informações de Aline Rocha para TV Gazeta.
Foto: TV Gazeta.