São cumpridos mandados no Acre e Rio Grande do Norte
A investigação teve início em dezembro de 2020, após os cães da Polícia Federal indicarem a presença a presença de substância entorpecente em uma encomenda enviada pelos Correios.
A partir dessa apreensão, policiais federais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Superintendência Regional da Polícia Federal no Acre intensificaram as investigações a fim de identificar o maior número possível de envolvidos que se utilizam não só dos Correios, mas de outras empresas de transporte para despacharem encomendas recheadas de drogas.
Com o avanço da investigação, foi possível detectar o modo de atuação da organização criminosa, como por exemplo, a remessa de caixas de som, utensílios domésticos, brinquedos, e outros contendo drogas em seu interior.
Com o apoio do setor de segurança dos Correios e da Receita Federal do Brasil, foi possível apreender 270 kg de entorpecente, entre eles, cocaína, maconha, ecstasy, MDMA, gerando um prejuízo de R$ 8 milhões ao crime organizado.
A organização criminosa investigada atuava nos estados do Acre e no Rio Grande do Norte e mesmo em um ano marcado pela pandemia, a organização criminosa movimentou mais de R$ 2 milhões em contas de laranjas.
Na manhã desta sexta-feira (25) foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de prisão preventiva expedidos pela Vara de Combate a Organizações Criminosas de Rio Branco.
Os suspeitos devem responder por tráfico interestadual de drogas, associação para o tráfico, por integrar organização criminosa e, por fim, por lavagem de capitais. A operação leva o nome de Malinois em alusão à raça dos cães da Polícia Federal que foram utilizados para a localização das drogas escondidas nas encomendas.