Policiais apreenderam R$ 121 mil durante “Operação Acúleo”
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (11), a “Operação Acúleo”. A ação investiga envolvidos em crimes de fraude em licitação, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e ativa, peculato, crime de responsabilidade de prefeito e organização criminosa praticados, em tese, pelo suposto grupo criminoso.
Os policiais dão cumprimento a 33 mandados judiciais, sendo 18 mandados de busca e apreensão, 13 medidas cautelares substitutiva à prisão e 02 mandados de afastamento cautelar do cargo público (Pregoeiro e Ex-prefeitos).
As referidas ordens judiciais estão sendo cumpridos na cidade de Cruzeiro do Sul/AC e de Rio Branco/AC. As medidas de buscas e apreensão estão sendo feitas na Assembleia Legislativa do Estado do Acre – ALEAC, bem como nas residências de ex-servidores públicos, servidores públicos em exercício, agentes políticos e de empresários do Vale do Juruá. Entre os suspeitos investigados estão o ex-prefeitos de Cruzeiro do Sul Vagner Sales e Ilderlei Cordeiro.
Policiais estiveram também na Assembleia Legislativa do Acre (Foto: Ascom PFAC)
Foi determinado ainda, o bloqueio dos ativos financeiros no país dos principais envolvidos no montante de R$ 5.140.594,00, assim como o sequestro de bens imóveis e/ou arresto de bens móveis dos investigados, casos os ativos financeiros não alcancem o valor suficiente para uma possível recomposição do dano ao erário.
De acordo com a investigação, a empreitada criminosa consistia no aliciamento de prefeitos e servidores públicos municipais e estaduais, pagando-lhes, em tese, vantagens financeiras, com o objetivo de fraudar licitações e conferir uma aparência de licitude às fraudes. Depois, eles realizavam o desvio e a apropriação de verbas públicas federais.
Uma das empresas investigadas chegou a vencer 32 procedimentos licitatórios na cidade de Cruzeiro do Sul/AC, movimentando aproximadamente R$ 50 milhões, oriundos de contratos de obras públicas firmados com o ente público municipal. Grande parte desses valores eram operados às margens do Sistema Financeiro Nacional, pois os sócios das empresas realizavam saques expressivos (na tentativa de ocultar a destinação), que ultrapassaram R$ 12 milhões.