Em entrevista ao programa Gazeta Entrevista, o delegado Alcino Júnior, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), apresentou uma avaliação otimista sobre a redução dos homicídios em Rio Branco, com ênfase na importância do monitoramento e da tecnologia no combate ao crime. Ele acredita que o investimento em inteligência e tecnologia é essencial para melhorar a eficiência das operações policiais.
“Eu diria que o avanço que a gente começou a ter e precisa aumentar é no emprego de inteligência e tecnologia. Eu posso conseguir aqueles dados de uma outra maneira. Então, eu acho que essa especialização das delegacias é um caminho sem volta e a gente precisa estar investindo cada vez mais nisso. Eu acho que isso traz, reduz esse recurso humano e agora a gente está em época de inteligência artificial”, afirma.
Alcino destacou que, atualmente, Rio Branco conta com cerca de 370 câmeras de monitoramento que têm sido fundamentais para a polícia. Ele citou um caso recente em que as câmeras ajudaram a traçar o trajeto de uma motocicleta envolvida em um crime, o que facilita a investigação.
“A gente tem aqui em Rio Branco hoje, cerca de 370 câmeras. Isso tem ajudado muito a polícia. As câmeras de monitoramento auxiliam que nós fizéssemos todo o caminho de motocicletas que são usadas em crimes”, destaca.
O delegado também foi questionado sobre a violência em outras regiões do Brasil, como São Paulo e Rio de Janeiro, e reconheceu que o problema da criminalidade é complexo e exige políticas públicas abrangentes. Ele ressaltou que a probabilidade de um homicida permanecer preso por mais de seis meses é de apenas 3%, o que contribui para a perpetuação da violência.
“A gente não tem como falar desse tema se não falar de uma questão de uma política macro. Hoje a chance de uma pessoa que comete um homicídio ficar presa por mais de seis meses é de 3%.”, comenta o delegado.
Alcino compartilhou que, no último ano, a DHPP alcançou uma taxa de elucidação de homicídios de 61%, um avanço significativo em comparação com 2023, quando a taxa era de 42%. Ele enfatizou que elucidar crimes é crucial para retirar criminosos das ruas e, assim, contribuir para a redução dos homicídios.
“Ano passado, agora 2024, um mês atrás, a gente fechou com cerca de 61% de elucidação. E esse percentual é importante que seja dito. Porque quando você consegue elucidar crimes, você consegue tirar essas pessoas de circulação”, diz.
O delegado finalizou a análise reconhecendo que, embora ainda haja desafios a serem enfrentados, os avanços na segurança pública em Rio Branco são promissores. Ele acredita que a combinação de tecnologia, inteligência e trabalho integrado entre as forças policiais pode levar a uma redução contínua da criminalidade na região.
Estagiário supervisionado por Gisele Almeida