Nesta quinta-feira, 6, pelo menos 60 caminhões e carretas chegaram a Rio Branco pela BR-364 trazendo gêneros alimentícios, material de construção, e outros produtos. A vinda dos veículos pela BR foi possível após o DNIT construir uma plataforma de atracamento das balsas em outro ponto do rio Madeira, possibilitando uma rota alternativa na travessia.
Segundo a Defesa Civil, nesta sexta-feira, 7, o nível do rio Madeira subiu ainda mais e chegou a 18 metros e 91 centímetros. Ainda assim, espera-se que outros 150 caminhões e carretas que estão retidos na BR-364 cheguem a Rio Branco neste fim de semana, com a utilização da rota alternativa na travessia da balsa.
Mas, apesar da boa notícia de que os veículos estão conseguindo chegar ao Acre, os caminhoneiros estão enfrentando uma outra dificuldade no estado. A Suframa, órgão responsável por liberar a entrada de mercadorias no Acre, está atendendo de forma muito lenta, apesar de informar ao público que a greve terminou.
Os caminhoneiros que conseguiram chegar a Rio Branco estão revoltados. Depois do risco que correram atravessando as áreas alagadas, ainda terão que esperar uma semana para desembarcar os produtos.
“Peguei a senha setenta e seis, e a previsão é que eu seja atendido quinta-feira da semana que vem, porque a Suframa só atende dez caminhões por dia, cinco de manhã e cinco de tarde, isso é um absurdo”, desabafa o motorista Otair Ventuin.
Os caminhoneiros afirmam que não vão ficar parados vendo o prejuízo aumentar. Caso a situação permaneça eles vão fechar a BR-364, só que do lado de cá da divisa com Rondônia.
“ Vamos esperar o que vai acontecer, mas se demorar muito nós vamos esperar chegar os outros caminhões e vamos atravessar na rodovia, vamos fechar a BR porque depois de um esforço desses para chegar aqui estamos sendo humilhados”, declara o motorista Francisco de Oliveira.