Depois do período crítico do isolamento do Acre por via terrestre, os empresários recebem orientações da Federação do Comércio para enfrentar o novo cenário econômico que ainda inspira cautela. Entre as dicas da Federação, está o cuidado em não tomar empréstimos com altas taxas de juro precipitadamente.
A Fecomercio emitiu uma relação de sugestões aos empresários acreanos, que ainda sentem os efeitos da crise econômica provocada pelo isolamento do Estado por um longo período, devido a cheia do rio Madeira. São 11 orientações voltadas aos temas: capital de giro, estoque de produtos, linhas de crédito, manutenção dos preços, pagamento de impostos e manutenção dos empregados.
O Superintendente da Fecomercio, Egídio Garó, destaca que mais de R$ 800 milhões deixaram de entrar no Estado no período de isolamento, os prejuízos econômicos passam desse valor, mas ainda não podem ser mensurados. A palavra que define as principais orientações é cautela. “Havendo necessidade de obter crédito, que busquem taxas de juros diferenciadas, reduzidas, mas uma taxa real e não uma taxa informada, que ainda tem o IOF e outros encargos embutidos. É preciso ainda zelar pelos recursos que a instituição tem, o seu capital de giro. Atentar para as contribuições fiscais e tributárias para não ficar inadimplente e consequentemente negativado para operações futuras de negócios”, disse.
A Fecomércio sugere aos empresários, que mantenham equilibrados os preços praticados, para evitar a inflação. Também observa que é preciso reduzir despesas, no entanto, manter o emprego dos funcionários. O último conselho da relação aponta para uma expectativa: enfatiza que é preciso planejar o retorno do investimento e o equilíbrio financeiro da empresa a partir do quarto mês, quando deve normalizar o abastecimento.