Após uma semana da rebelião que aconteceu no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, o presidente do Sindicato dos Policiais Penais, Joelison Ramos, alega que faltam profissionais para garantir segurança em presídios.
O sindicato não acredita que os profissionais que estavam em plantão tenham facilitado para acontecer à rebelião. “Conheço grande parte daqueles servidores e por entender que ali, a forma que aconteceu aquela rebelião comprometeria a vida do policial que ficou refém, mas de toda a equipe”, afirma o Ramos.
Segundo o presidente, a rebelião de início parecia uma fuga, que conseguiu ser contida, mas ocasional de se tornar algo maior. Há uma série de fatores que cominaram na rebelião, porém ainda está passando por investigação.
Após o vazamento do vídeo onde mostra os presidiários saindo das celas, ficou o questionamento de como conseguiram sair tão rápido e chegar à reserva de armas. Existe relatado de que foi a falta de efetivos para assegurar a segurança do setor, em que onde estava o reserva de armas.
“Já venho denunciando isso a imprensa algum tempo, a falta de efetivos é imensa, e por isso foi transferido à reserva da área externa para a área interna, porque a área externa necessariamente é preciso manter uma equipe 24 horas guarnecendo esse setor de arma. Porém, faltariam pessoas na área interna – onde ficam os presos”, diz Ramos.
Está sendo feita uma averiguação sobre quem teria transferido a reserva de arma para um local tão próximo desse pavilhão que é exclusivo para presidiários que estão em corretivo. Segundo o presidente, foram os presos do corretivo, que são em média de quatro, que após dominar e ter acesso às armas foram abrir as demais celas.
“Um detalhe é que as portas do corretivo, ela tem as grades de ferro e uma chapa onde se observa o preso dentro da cela quando olha pelo visor e provavelmente não foi feito a vistoria de segurança, e já havia iniciado a serração das grades”, comenta Joelison.
Segundo informações, o equipamento de que detectam armas, drogas e dentre outros materiais, passou meses sem funcionar e não é permitido determinados tipos de revista nas pessoas que estão fazendo visitação, e devido há grandes chances de as visitas terem levados objetos para facilitar a fuga dos presos.
“Passamos alguns meses sem o body skan funcionando, ele é essencial. Atualmente a vara de execuções passa a determinação de que não se pode mais fazer revista íntima, e então usa o body skan para os raios-X do corpo”, comenta o presidente.
Após ser perguntado sobre os policiais que não foram trabalhar depois da rebelião alegando desgaste emocional, o presidente comenta que procurou o diretor operacional e o diretor presidente do Instituto de Administração Penitenciaria (Iapen), Glauber Feitosa, para saber se os policiais que trabalharam durante a rebelião vão ter assistência psicológica, ele garante que o diretor confirmou que a equipe teria essa assistência
Com informações da repórter Rose Lima para a TV Gazeta