Ari Palu Júnior também critica mudança para domingo
O presidente da Comissão Organizadora da Cavalgada, Ari Palu Júnior, rebateu as críticas feitas pelo Ministério Público e pela postura do Governo do Estado de querer se esquivar da responsabilidade na concepção e execução do evento.
“O evento é privado entre aspas, né?”, alfinetou. “Quem faz a abertura do evento é o governador, quem se beneficia é o governador”. Palu reconhece que as comitivas são, sim, propriedade privada e nega que o poder público tenha qualquer participação nelas. “Não há dinheiro público nas comitivas”, conta. “Nem um centavo”.
Palu acompanha as cavalgadas em comitivas há seis anos e assegura que nunca viu tanta gente quanto no último domingo. A mudança do dia, uma recomendação do próprio MP, foi alvo de críticas por parte do presidente da comissão organizadora. “Foi um erro porque isso aumentou muito o número de pessoas participando, o que dificulta controle”.
Ao contrário do argumento oficial, Palu avalia que as brigas não foram casos isolados. ‘Foram casos normais para um evento grande com grande consumo de bebida”, diz.
Quanto à crítica de que havia pouco policiamento, Paulo concorda em partes. “Nas comitivas grandes, havia 30 seguranças privados. Mas, policiais militares eu vi poucos, muito menos do que havia na Expoacre, por exemplo”, comparou Palu.
O organizador recorda que havia muito policiamento do Departamento Estadual de Trânsito. “Mas, policiamento ostensivo mesmo…” O argumento do organizador, em parte, dialoga com o da promotora de Defesa do Consumidor, Alessandra Marques. Ela também avalia que havia pouca segurança “pública e privada” no evento.
Na edição da Cavalgada deste ano, foram 21 comitivas distribuídas em 65 carretas. A Polícia Militar estima em 38 mil o número de participantes.