Os proprietários dos seringais Sacada e Ipiranga emitiram uma nota de esclarecimento a respeito dos conflitos envolvendo a área rural localizada no município de Sena Madureira. Segundo a manifestação, a propriedade é uma gleba produtiva, utilizada prioritariamente para a extração de castanhas, e que, atualmente, os responsáveis buscam parcerias com empresas privadas para viabilizar a disponibilização de crédito de carbono.
No entanto, conforme informado pelos proprietários, a partir de outubro de 2024, a área passou a sofrer invasões sistemáticas, resultando em degradação ambiental significativa. As invasões, segundo o relato, teriam provocado derrubadas de árvores, abertura de piquetes e ramais, incêndios e o abate de animais silvestres.
A nota esclarece ainda que o processo de reintegração de posse não tem como alvo posseiros antigos ou moradores das proximidades, mas sim indivíduos que, recentemente, promoveram desmatamentos e loteamentos dentro dos limites da propriedade.
Os proprietários também negam as alegações de que trabalhadores viviam em condições análogas à escravidão, afirmando que, durante a safra de castanha, a produção era arrendada aos interessados na coleta e que o lucro era dividido igualmente entre ambas as partes ao final do período.
Além disso, os proprietários afirmam que, devido às invasões, a safra de 2025 foi praticamente furtada, resultando em um prejuízo estimado em R$1 milhão. Desse total, R$550 mil correspondem à perda direta dos proprietários, que, anualmente, produzem cerca de 7 mil latas de castanhas.
A nota foi divulgada após uma reportagem veiculada na última terça-feira, na qual posseiros locais alegaram estar sendo expulsos da área. Segundo os relatos apresentados, a ação da Polícia Civil para a reintegração de posse teria sido conduzida de forma truculenta, com menções diretas à atuação do delegado de Sena Madureira.
Com informações do programa Balanço Geral Acre, da TV Gazeta.