Gelpke e Flaviano: composições com naturezas distintas
No Acre, o PSB e o PMDB são os dois únicos partidos de maior expressão que montam palanques paralelos aos candidatos a presidente da República. Todos os demais acompanham a conformação política das direções nacionais.
O PSB é aliado da Frente Popular, a coligação mais duradoura do cenário político. Para as eleições desse ano, a FPA tem 14 partidos, liderados pelo PT, do candidato à reeleição Tião Viana. A coligação já esteve mais enxuta, mas o núcleo duro sempre contou com a participação socialista.
O vice-governador do Estado é da sigla. Mas, isso não foi suficiente para que a militância adotasse a campanha de Dilma Rousseff. “Isso está bem resolvido no partido”, minimiza o presidente da agremiação, Gabriel Gelpke. “Vamos montar palanque para Eduardo e Marina”.
Inclusive, a direção do PSB do Acre articula a possível vinda de Eduardo Campos e Marina Silva para o próximo dia 24 de julho. A agenda vai ser confirmada na terça-feira.
Todo material de campanha do PSB vai estar grafado o número petista para o governo do Estado e a imagem de Eduardo Campos. O PSB é um exemplo de como a composição nacional se sobrepôs à lógica política regional.
O PMDB é diferente. O partido fez convenção e decidiu publicamente o apoio a Aécio Neves. “Todas as nossas decisões são públicas e as lideranças do partido sabem que aqui não foi possível e nem será possível aproximação com PT. Não tem jeito”, afirmou o presidente do PMDB do Acre, Flaviano Melo. “E essa não é uma posição só minha. É do partido”.
Todo material de campanha dos candidatos pelo PMDB sai com registro de apoio ao candidato tucano à presidência, Aécio Neves. Não obedecer às composições políticas nacionais demonstra a força das questões regionais.