Já fui viciada em séries. Isso foi antes da popularização dos serviços de streaming.
Não é que não goste do streaming. Não é isso. É que agora tem série demais e as muitas opções me deixaram mais seletiva.
Dia desses uma amiga me perguntou se já tinha assistido “Não olhe para cima” e lhe respondi que iria assistir naquele fim de semana.
Daí liguei meu serviço de streaming na TV e, como sempre, dei aquela espiadinha básica.
Desisti na hora do filme da vez. Muita gente falando dele. Temi a contaminação e decidi ver outra coisa.
Preciso dizer que amo novelas mexicanas e afins. Caí numa história clichê Mara, “Café com aroma de mulher”. De primeira já assisti três episódios.
Você pode me perguntar: o que tenho com isso?
Nada. Não tem nada.
É só que o que assistimos diz muito de nós mesmos.
Por estar no jornalismo há muitos anos (na verdade são algumas décadas) meu refúgio sempre foram as histórias “água com açúcar”. Filmes românticos, séries “bobinhas”, séries médicas e mais recentemente, séries de reformas e de culinária.
Aprendo, sim aprendo muito, com os Irmãos a Obra, com a Rita Lobo e os programas sobre a sonhada casa do lago e moradores de lugares remotos como o Alasca.
Não é fuga da verdade real do meu próprio dia a dia. É só um descanso para a mente da loucura desse mundo atual, que precisa ainda mais de Detox nessa era pandêmica.
Isso me leva a fugir do batidão repetido dos canais de notícias e de filmes como “não olhe para cima”.
Voltar a escrever faz parte desse processo de Detox e espero, sinceramente, contar com a audiência de vocês por aqui.
Beijos ????
Charlene