A Câmara Municipal quer a explicação dos gastos com o translado dos ônibus da empresa Rico para Rio Branco
Nesta sexta-feira (11), a Câmara Municipal de Rio Branco decidiu notificar a prefeitura para que explique os gastos com o translado dos ônibus da empresa Rico Transporte para Rio Branco, devido à uma inconsistência de valores pagos.
Para trazer 60 ônibus para Rio Branco a Rico cobrou 900 mil reais, dinheiro para ser cobrir os gastos de deslocamento dos veículos que sairiam de são Paulo. A prefeitura respondeu que teria em caixa 750 mil reais para o traslado da frota.
Assim que fechou o contrato emergencial, 60 ônibus foram enviados para Rio Branco, se fizer uma divisão pelos 750 mil reais, cada veículo custou 12 mil e 500 reais para chegar em Rio Branco.
O vereador Adailton Cruz fez uma conta e concluiu que somando a quilometragem de São Paulo ao Acre, pelo consumo dos veículos, o gasto seria de no máximo 5 mil e 500 reais, colocando mais 1500 para cobrir a despesa da diária do motorista daria 7 mil reais. Deixando margem para o questionamento do que foi feito com o restante do dinheiro, cerca de 300 mil reais.
Segundo o vereador Adailton Cruz, não se tem certeza do processo, porque não está claro se foi pago ou não, mas se caso tenha sido, é preciso esclarecer o porquê e como.
O fato só veio à tona porque um dossiê está circulando nas redes sociais apontando que a empresa Rico apresenta diversas irregularidades, uma delas é que o verdadeiro endereço é em Goiás e não em São Paulo, até o ano passado a Rico era uma granja, mudando de área de atuação no final do ano passado.
No primeiro momento, os vereadores querem saber da prefeitura se realmente esse valor foi pago para que esses ônibus pudessem chegar em rio branco. Se a resposta for sim, vem mais dois questionamentos, porque os valores são tão altos e porque isso não foi repassado a Câmera e a população. A CPI do Transporte Coletivo vai notificar a prefeitura para que explique esse gasto e qual foi realmente o valor fechado, 750 mil reais ou 900 mil como pediu a empresa.
De acordo com a vereadora, Michele Melo, presidente da CPI, as informações que o prefeito Tião Bocalom, Partido Social Liberal, repassou sobre a empresa era que a sua atuação era em São Paulo, suas informações eram de lá. A vereadora acrescentou “Precisamos entender de fato o que a prefeitura tem com a Rico Transportes, porque que a prefeitura, está de certa forma, privilegiando a Rico e porque que a prefeitura não está fazendo o seu trabalho.
Após a prefeitura responder os questionamentos, a RBtrans e os responsáveis pela empresa Rico Transportes podem ser convocados pela CPI para explicar todos os detalhes do contrato emergencial.
Informações de Adailson Oliveira