A rodovia estadual AC-40, que conecta Rio Branco a Plácido de Castro, está em estado crítico de conservação, especialmente no trecho de cerca de 10 km a partir do km 58, no sentido Plácido. A estrada, vital para o transporte de mercadorias e o deslocamento diário de moradores, tornou-se sinônimo de transtorno e perigo, acumulando reclamações da população.
Com buracos, crateras, lama e poças d’água, trafegar pela via é uma tarefa árdua. “Está crítica, muito crítica. Se desse uma arrumada seria melhor para a gente ir e vir. A gente veio hoje por necessidade. Só dá para andar no máximo a 30 por hora”, relata a dona de casa Janete Amâncio, que recentemente percorreu o trajeto.
A AC-40 começa no bairro Vila Acre, em Rio Branco, e segue até o município de Senador Guiomard, onde se conecta com a BR-317 por cerca de sete quilômetros antes de retornar ao controle estadual. Contudo, é exatamente nesse trecho, sentido Plácido de Castro, que a situação se torna mais grave.
Motoristas, como o autônomo Edmilson Arruda, relatam os prejuízos recorrentes. “Tá horrível isso aqui. A gente passa a 20 por hora e mesmo assim o carro sai todo quebrado. Você bate num buraco e no outro dia está na oficina”, desabafa.
Além dos danos aos veículos, os atrasos no transporte de mercadorias prejudicam comerciantes e produtores que dependem da rodovia para escoar seus produtos.
A manutenção da AC-40 é de responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária (Deracre), que atribui a paralisação das obras de recuperação ao bloqueio de emendas parlamentares pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a presidente do órgão, Sula Ximenes, a decisão impactou diretamente o andamento das obras em várias rodovias estaduais.
“As rodovias estaduais estavam sendo executadas com recurso federal, fruto de uma emenda parlamentar e contrapartida do governo do estado. Porém, em setembro, houve o bloqueio do STF, e as obras foram paralisadas. Mas o governo do Acre, através do Deracre, continuou realizando manutenções paliativas em todas as rodovias”, explicou Sula.
Apesar das ações paliativas, como tapa-buracos e aterros pontuais, o estado da AC-40 continua crítico. Motoristas e moradores cobram soluções definitivas para a rodovia, que há anos sofre com a falta de investimentos consistentes.
Com informações do repórter Marilson Maia para TV Gazeta