Em alguns trechos, os condutores precisam dirigir do outro lado da pista para conseguir trafegar
As rodovias federais do Acre, BR-364 e BR-317, são as que apresentam maior densidade de pontos críticos a cada 100 quilômetros, segundo pesquisa feita pela Confederação Nacional de Transportes. Esses pontos duplicaram de 2021 para 2022, nas duas rodovias são 117 áreas de erosão e 90 grandes buracos.
No caso da BR 317, no trevo do município de Senador Guiomard, o motorista precisa reduzir a velocidade devido a quantidade de buracos, ir para a outra pista é um risco, mas se torna a única solução que os condutores encontram para conseguir trafegar.
Na parte da rodovia perto do município de Capixaba, Luís Carlos tem sua própria borracharia próxima a BR e disse que atende muitos clientes, todos os dias ele precisa fazer os mais diferentes consertos: “Final de semana, por exemplo, a noite, sempre tem gente com problema aqui. Eles ficam na estrada porque não tem como chamar guincho”, informou.
Segundo ele, próximo ao seu trabalho, em um trecho de 3 km, foram cerca de 29 acidentes por causa dos buracos. Os acidentes vãos desde carros pequenos a caminhonetes que tombam na estrada.
Os buracos da BR seguem até Assis Brasil, na fronteira com o Peru. Em alguns trechos, a situação fica mais grave e requer do motorista total atenção na estrada, com velocidade baixa dá para desviar ou passar pelas crateras sem danificar o veículo, evitando um acidente.
Já em outras partes da rodovia, os buracos são tão grandes que já tomaram toda uma lateral da pista, a preocupação também é com a profundidade das crateras, que chegam a 40 centímetros. Nas rodovias, é comum encontrar restos de peças de veículos.
Alguns trabalhadores são vistos na BR tapando buracos grandes, enquanto isso as pequenas crateras vão crescendo e se tornando cada vez mais perigosas para os condutores que passam pelas estradas.
Com informações de Adailson Oliveira para a Tv Gazeta