Grevistas ainda estão a espera de veto
A greve dos servidores da Suframa completou nesta sexta-feira (3), 44 dias. Durante esse período, com o acúmulo de notas a serem conferidas pela autarquia no Acre, vários problemas foram acarretados. Empresários alegaram falta de mercadorias e caminhoneiros prejuízos econômicos com a espera.
A BR-364 chegou a ser fechada no ápice do problema. Cerca de 150 carretas e caminhões se acumularam no entorno da Suframa, a espera de atendimento.
Para amenizar o problema, os servidores em greve e os empresários, através de suas federações e associações fizeram um acordo, onde seriam liberados de 15 a 20 caminhões por dia. Segundo o representante sindical da categoria, o atendimento foi atualizado e a espera que chegava a 15 dias reduziu para no máximo 5 dias úteis.
Como o acordo com os empresários era só até o dia 30, a Suframa reduziu o número de atendimentos diários e com isso, é como se a greve tivesse voltado à estaca zero. A tendência é que a partir da próxima semana, retorne o caos aos caminhoneiros que vão ter que esperar por mais tempo a liberação das mercadorias.
Também no dia 30 de junho, deputados e senadores em sessão conjunta votariam a derrubada ou não do veto presidencial à emenda de reestruturação do plano de cargos e carreira dos servidores da Suframa. A votação foi adiada para o dia 14, ou seja, a categoria se mantém em greve por pelo menos mais 11 dias.
“Como foi adiada pela terceira vez a votação, tranca a pauta, então vão ter que apreciar no dia 14 a derrubada do veto. Então estamos otimistas por que muitos parlamentares se manifestaram de acordo com a derrubada”, disse o representante sindical no Acre, Renato Santos.
Para os caminhoneiros, maiores prejudicados com o impasse, o jeito é esperar e suportar as consequências.