Após decisão judicial determinar a suspensão do movimento de greve dos servidores de apoio do ensino infantil na última quinta-feira, 17, os servidores estão de volta às escolas em Rio Branco. A greve teve início no dia 19 de julho.
A greve iniciou após o pedido de reajuste de 14,95% em cima do vencimento-base para os servidores do quadro de apoio da Educação. A prefeitura não aceitou o movimento e no dia 10 de agosto entrou na justiça a fim de obrigar os servidores de apoio da Secretaria Municipal de Educação (Seme) a voltarem a trabalhar para retomarem as atividades.
Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento, a prefeitura argumentou que o Sindicato não estava cumprindo os 50% dos locais de trabalho, e então a desembargadora entendeu que deveriam estar cumprindo e sentenciou a suspender a greve.
“A Prefeitura ficou o tempo todo fazendo com que os servidores desistirem da greve, pressão, assédio moral, ameaça, o próprio prefeito incentivando a comunidade a pressionar os gestores.Eles não conseguiram nada para ilegalidade, após isso falaram que a greve era abusiva”, comenta a presidente do Sinteac.
De acordo com o sindicato da categoria a greve ainda não chegou ao fim.
“Nós suspendemos a greve até outubro, porque vai ter uma mesa de negociação para o ano de 2024, então voltaremos em outubro. Então a desembargadora já deixou a previsão de uma agenda para ser a mediadora entre a prefeitura e os servidores”, diz a presidente.
A assistente de creche Iara Felipe, lamenta que o movimento tenha sido interrompido sem que a categoria garantisse a pauta de reivindicações. De volta às escolas, enumeram uma série de situações que segundo elas comprometem de forma direta as atividades dos servidores.
“Estamos necessitando dos cuidadores pessoais, temos muitas crianças especiais sem os cuidadores. O assistente de creche hoje está fazendo duas funções, ele é tanto assistente quanto cuidador, e as crianças que precisam do assistente ficam desassistidos”, comenta a assistente.
Com informações da repórter Débora Ribeiro para a TV Gazeta.