Por Vitória Messias
Solteira e Fabulosa? É dessa forma que a New York Magazine, revista da série que aparece na 2ª temporada indaga a classificação social de Carrie Bradshaw, escritora de trinta e poucos anos, fumante, famosa na cidade de Manhattan em Nova York por sua coluna de sexo no The New York Star, jornal fictício em que publica suas reflexões semanais não somente sobre isso, mas também relações interpessoais no geral.
A série de televisão dos anos 90, mundialmente famosa, conquistou milhares de solteiros ao explorar a vida da nova-iorquina e suas três melhores amigas: Miranda Hobbes, advogada cética, viciada em trabalho; Charlotte York, diretora de uma galeria de arte, conservadora e idealisadora do amor e casamento; e Samantha Jones, publicitária independente, solteira, que explora sua sexualidade de forma empoderadora. Todas têm em comum o amor que nutrem uma pela outra, se reunindo na Cafeteria, Magnolia Bakery, ou The Plaza Hotel, elas sempre reservam um tempo importante para as atualizações de suas vidas, com conversas sujas, visual e intelectualmente estimulantes, tornando o ambiente acolhedor para o telespectador. Então não pude deixar de me perguntar, a constante busca pelo relacionamento amoroso pode cegar para o amor verdadeiro já presente em nossas vidas?

O início da série apresenta a dúvida mais recente de Carrie. É possível para as mulheres terem sexo casual da mesma forma que os homens? Melhor dizendo, mulheres podem separar o sexo das emoções e se sentir empoderadas ao fazer isso? Esse questionamento surge após um esbarrão com Mr. Big, que a princípio representa um tipo de homem que parece confortável com a ideia de sexo sem compromisso, mas se torna peça chave ao decorrer da série. Ao inverter papeis de gênero comuns da época, mas perceber que em NY de 1998 havia uma brecha para o pioneirismo, a protagonista questionou gênero no sexo e se tornou fenômeno na cidade.
A série não fala apenas sobre relacionamentos amorosos. É mais complexa, aborda poligamia, traição, emoção, dinheiro, gênero, cita até mesmo a importância da terapia. Aborda amor em formatos distintos, o relaciona ao sexo, e às vezes, é exatamente apenas isso, sexo, e a cidade.
