Um funcionário estaria acumulando até quatro funções diferentes
O presidente do Sindicato dos Urbanitários, Marcelo Jucá, denunciou a situação de trabalho precária que os servidores da Estação de Tratamento de Água do município de Plácido de Castro (ETA II) enfrentam.
De acordo com o representante do sindicato, há servidores acumulando até quatro funções diferentes. Essas condições de trabalho precárias podem afetar também o abastecimento de água aos municípios.
“Um operador de bomba da estação de tratamento precisa sair do seu posto para fazer outra função, muitas vezes precisa andar até 6 km à noite em um caminho íngreme, abandonando seu local de trabalho para resolver outro problema”, informou o presidente do sindicato.
A diretora financeira do Sindicato dos Urbanitários, Janete Rodrigues, explica que por vezes a ETA II fica vazia a mercê de vândalos. “Às vezes o operador precisa realizar o trabalho de manobrista e a estação fica sozinha a mercê de vândalos que podem entrar e cometer algum tipo de infração levando o perigo de uma água possivelmente contaminada para a população” informou.
Segundo o sindicato, em caso de entupimento de válvula o operador precisa sair do seu posto e andar até o rio por quase 6 km, fazer o trabalho de mergulhador e também de mecânico para desentupir essa válvula e então voltar para a ETA II. “O operador muitas vezes vai à noite com uma chave de quase dois metros nas costas, no escuro, por um caminho íngreme. Não dá pra um trabalhador sozinho desempenhar a função de quatro profissionais, operador de bomba, mecânico, o vigia, o manobrista e tudo isso sem condições nenhuma” relata o presidente do sindicato.
O Sindicato dos Urbanitários está oficializando um documento para que seja dada uma solução com urgência por ser um serviço de caráter essencial que deve ser encaminhado ao Depasa.