O Sindicato dos Médicos e a deputada estadual Michelle Melo foram até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do 2º Distrito conversar com os servidores da unidade. Médicos, enfermeiros e técnicos denunciam que estão sendo perseguidos e vítimas de assédio moral por parte do diretor da UPA.
O presidente do sindicato Dr. Guilherme Pullici, chegou a dizer que a categoria pensa em fazer uma paralisação, não só por causa do episódio da UPA do 2º Distrito, mas a falta de segurança em todas as unidades de saúde do governo e a estrutura dos prédios que são deficitárias.
“Somados aos outros problemas que a gente vê, como problemas de remuneração, vários colegas continuam recebendo aqueles adicionais que nós reivindicamos desde o ano passado. Nós levamos também a situação de assédio em outras unidades, a questão da falta de segurança em outras unidades hospitalares desse estado, a questão das inundações, ou seja, a estrutura das unidades está comprometida. Muitos colegas questionando, se queixando pelo fato de que os prontuários na Fundação Hospitalar sumiram, porque foram, na verdade, perdidos com a inundação”, disse Pullici.
Durante a visita, o sindicato denunciou que a UPA do 2º Distrito tem apadrinhados políticos de um vereador e de um deputado estadual. As equipes técnicas são modificadas de acordo com a conveniência política. O vereador por Rio Branco, José Aiache, disse que não aceita perseguição a nenhum servidor. E a crise na UPA se dá porque tem um grupo de médicos e outros servidores que não querem trabalhar e seguir os plantões que são determinados.
“A maioria dos funcionários que me relatam, ele diz que não existe assédio. Existe sim uma organização de escala de médicos, uma organização de escala de servidores, e nessa organização está sendo acusado de assédio. Então eu, sinceramente, eu concordo que os médicos que estão na escala, eles têm que trabalhar, os servidores, todos os servidores que estão na escala têm que trabalhar, e se pedir para trabalhar for assédio, aí eu não entendo”, disse o vereador.
O deputado Adailton Cruz também se manifestou. Disse que é contra a perseguição a trabalhador e não tem nenhum servidor da UPA que seja sua indicação e quer uma investigação para saber se realmente existe assédio moral por parte da direção da unidade.
“Eu já antecipo que da minha parte nunca houve, não tenho nenhuma indicação de direção de UPA, nunca tive, inclusive a direção que lá está é a mesma que estava antes mesmo da gente estar na política, eu vou inclusive pedir a Sesacre que faça devido a apuração e já estamos nos organizando enquanto comissão de saúde para estarmos lá na UPA amanhã, quarta-feira a partir das 14 horas para ouvir os trabalhadores e acompanhar de fato a denúncia”, ressaltou o deputado.
O Sindicato dos Médicos informou que enviou as denúncias de assédio aos Ministérios Públicos do Trabalho e ao Estadual.
Com informações do repórter Adailson Oliveira para TV Gazeta