Novo sistema de cobrança nos coletivos causa o temor
Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Rio Branco começa a se preocupar com o emprego de 344 cobradores que podem perder seus postos de trabalho para as máquinas da bilhetagem eletrônica instaladas nos coletivos.
Nos finais de semana, aproveitando o movimento mais fraco nos ônibus, as empresas começaram a fazer testes para o uso do equipamento sem a presença do cobrador. O motorista era o responsável por receber o dinheiro da passagem para quem não tinha o cartão.
Para o presidente do sindicato, Marco Costa, o investimento na bilhetagem eletrônica era um claro sinal de que as empresas começariam a pensar num sistema sem cobradores nos ônibus. Marco informou que até pode aceitar a mudança, mas a prefeitura e as empresas vão ter que buscar alternativas para não deixar 344 profissionais sem seus empregos. “Essa é a remuneração que eles garantem o sustento da família, como tirar assim de uma hora para outra”, respondeu.
Com a troca da força humana pela leitura óptica das máquinas as empresas vão economizar R$400 mil por mês.
O sindicato disse que já procurou o Ministério Público e vai tentar conversar com o prefeito. “Não dá para ver tantos profissionais desempregados”, completou Marco.
O sindicato disse que uma das medidas é fazer com que os cobradores façam cursos, como de motorista, assim serão transferidos. O próprio sindicato tem uma escola.
A RBtrans, através da assessoria de imprensa disse que não sabe de nada. Aliás, parece que o atual superintendente, Nélio Anastácio de Oliveira, está aparentemente no cargo. Sempre que procurado, prefere o silêncio.