Segundo o Sintesac, os trabalhadores estão desassistidos e esquecidos
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Acre (Sintesac), Adailton Cruz, se reuniu nesta quinta-feira (11) com alguns sindicalistas na sede do sindicato para debaterem sobre a falta de apoio do governo com a categoria, a perda de alguns profissionais para a covid-19 e a retirada de direitos trabalhistas.
Durante o encontro, os sindicalistas deliberaram que será realizada uma Assembleia Geral seguida de uma manifestação pública, marcada para o dia 25 de março, e que serão mobilizadas todas as unidades de saúde do estado. Na capital, a concentração será em frente ao Palácio Rio Branco, a partir das 9 horas, onde será lançada uma campanha dos trabalhadores, #SaúdeEmLuto, e uma possível greve geral.
“O governo recebeu 130 milhões do Fundo Estadual Covid e não procurou utilizar esse valor para fortalecer o trabalhador em saúde. Usou na segurança, contratando quase 500 PMs, coletes, viaturas. E a saúde, com seus trabalhadores, morrendo, adoecendo e o governo se fazendo de cego. Um trabalhador em saúde, que hoje tem 35 anos de serviço prestado, recebe complementação de salário mínimo e trabalha 12 horas numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI), exposto a doenças graves como a covid, meningite, para receber R$ 48 reais com 12 horas de trabalho. Isso é um desrespeito! Isso é falta de bom senso com essa categoria, que hoje leva a saúde do estado nas costas”, comentou Cruz.
“Infelizmente teremos que radicalizar, se não fizermos isso, não teremos como atender a sociedade. A gente precisa de leito, medicamentos, UTIS. Esse movimento também é para isso. Se o governo nos ouvisse, não estaríamos, hoje, com a saúde em colapso, porque teríamos uma estrutura suficiente para atender a população”, concluiu.