Não conhecia Martha Medeiros, e muito menos suas obras, apesar de serem muitas. Há alguns anos atrás, procurando por novos livros, percebi na escrivaninha da minha “irmã” mais velha – um beijo Rachel – Um lugar na janela. Não gostei da capa, com todo perdão à querida autora. Não achei que comunica muito bem. Gosto de ser atraída logo pela capa, o que não aconteceu.
Entretanto, fiquei intrigada com o nome do livro, o que me levou à leitura. E não me arrependi. Pelo contrário, terminei a obra no mesmo dia e corri pra comprar a continuação dele, Um lugar na janela 2.
Martha Medeiros produziu esses dois livros de crônicas com base em suas experiências pessoais de viagens. Desde pequenas viagens quando mais jovem, até as mais atuais com maridos, namorados e filhas. A autora traz viagens curtas, dentro do seu próprio estado e grandes viagens, excursões, etc.
Abro esse ponto aqui para uma observação que acho pertinente. A gente precisa levar a condição financeira da autora em conta. Viagens não são acessíveis a grande parte da população do país, principalmente viagens internacionais. Então, vale ressaltar que o que permitiu as viagens, e consequentemente o livro, foi a condição financeira que Martha possui, e aqui não quero entrar em nenhum mérito sobre isso, apenas destacar essa informação.
Dito isto…
O ponto principal que eu gosto nos dois livros e que eu destaco como diferencial nos demais livros sobre viagens é que não é um guia, um roteiro ou nada parecido. A autora apenas compartilha memórias do que ela viveu. Eventualmente vão existir sim dicas de lugares, restaurantes e coisas para se fazer. Mas, essa não é a intenção de Martha, ela mesma cita isso no decorrer do livro.
Em mim, particularmente, o livro deixou o sentimento de querer fazer as malas e pegar o próximo voo, com qualquer um dos destinos citados. Mesmo os que eu já conheço. Porque em nenhum momento a perspectiva dela, sobre os locais já conhecidos por mim, foi a mesma, ou pelo menos similar. Já os locais que eu não conhecia, consegui “conhecer”, viajar junto com ela, e até me imaginar tendo os meus momentos naquele lugar.
O livro em si é bem gostosinho de ler. É uma leitura rápida, fácil e bem fluida. Você nem percebe o tempo passar. Sobre a Martha, não há o que falar. Ela é uma escritora nata. Ao meu ver, o único “defeito” de Um Lugar na Janela, tanto o 1 quanto o 2, é ser curtinho e deixar aquele gostinho de quero mais depois da última página.
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Pâmela Freitas é jornalista formada pela Ufac, pós-graduanda em Jornalismo Digital pela Unyleya e repórter no site Agazeta.net