Escavações iniciaram em 2002 pela equipe do pesquisador
Pesquisador da Universidade da Finlândia Martti Pärssinen desenvolve estudos no Acre há doze anos. Em simpósio de arqueologia realizado em Rio Branco, mostrou as mais recentes descobertas e o que elas apontam.
As relações entre as peças de artesanato encontradas e os geoglifos é o que mobiliza as atenções de estudiosos. As figuras geométricas cravadas na terra em vários pontos do Acre já são analisadas desde a década dos setenta. Mas, as peças de cerâmica são uma raridade ainda inéditas por aqui.
Nas escavações, já foram encontrados inúmeros materiais que apontam que já existiam outras civilizações. O pesquisador finlândes ficou impressionado com tudo que encontrou no Acre e explicou que, antes, acreditava-se que na Amazônia não havia possibilidade de haver um povo em desenvolvimento há 2 mil anos atrás. Mas agora já foi constatado que havia civilizações aqui em pelo menos 500 construções.
Não se trata apenas de grandes estruturas, mas de civilizações de diferentes etnias, que viviam nessa região que hoje é o Acre. Por isso, ele entende que os geoglifos foram construídos de forma diferente, já que cada povo teria uma cultura diferente.
O pesquisador veio ao Acre para apoiar o projeto de patrimonialização dos geoglifos. O polêmico projeto de tombamento dos geoglifos como patrimônio está em andamento.