A aplicação da 1ª dose da vacina contra a dengue em crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos deve retornar em junho, segundo da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), em informações divulgadas ao site Agazeta.net nesta quarta-feira (22).
De acordo com a pasta, atualmente estão disponíveis apenas a 2ª dose para a população que tomou a 1ª dose do imunizante. Apesar disso, quando a aplicação da dose inicial retornar, não vão mais estar disponíveis para adultos.
“Não teremos mais vacinas para adultos. A dengue é rotina apenas para adolescentes e os lotes que estamos recebendo agora tem validade longa com mais de 1 ano. Estão sendo distribuídas para todos os municípios, e as Secretarias Municipais de Saúde indicam as unidades que farão a aplicação das mesmas”, afirma a Sesacre.
Aumento nos casos de dengue
Dados da Sesacre mostram que até a semana epidemiológica 20 foram registrados 3.747 casos prováveis de dengue, dos quais sete foram classificados como ‘dengue com sinais de alarme’ e dois como ‘dengue grave’, e ocasionaram 76 hospitalizações. Os números representam um aumento de 28,2% em relação ao mesmo período de 2023.
Apesar disso, não houve óbitos pela doença e a faixa etária mais acometida foi a de 20 a 34 anos de idade, com um pequeno predomínio de pessoas do sexo feminino, com 50,1%.
“Em relação ao mesmo período do ano de 2023 houve um aumento de 28,2%. Há uma tendência de redução, face ao período de estiagem, que propicia a redução de criadouros de mosquitos, e, consequentemente, do número de casos”, destaca a Sesacre.
Como medida para a diminuição dos casos, a Secretaria ressalta a orientação para eliminar os depósitos inutilizáveis que facilitam a proliferação dos mosquitos, por meio de visitas feitas por agentes de endemias e comunitários da saúde.
“As medidas que vêm sendo tomadas são as de orientação sobre como eliminar os depósitos inservíveis que propiciam a proliferação dos mosquitos, através das visitas domiciliares feitas pelos agentes de endemias, agentes comunitários de saúde. A população pode colaborar fazendo seu saneamento domiciliar na rotina, eliminando todo e qualquer recipiente que possa transformar-se em criadouros de mosquitos”, alerta.
Ainda segundo a Saúde do Estado, todas as unidades de saúde, hospitalares e de Pronto Atendimento estão disponíveis para atenderem pacientes com arboviroses. Apesar disso, quando os sintomas se mostram mais graves, apenas Rio Branco e Cruzeiro do Sul, que dispõe leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), são referências.
“Todas unidades de saúde, hospitais e Unidades de Pronto Atendimento da rede pública dos municípios estão aptos a atenderem pacientes com arboviroses, dispondo dos insumos básicos necessários para o atendimento dos casos mais simples. Porém, quando são pacientes que apresentam sinais de gravidade, são referenciados para unidades de maior complexidade, sendo que os apenas os municípios de Cruzeiro do Sul e Rio Branco dispõem de leitos de UTI, caso haja necessidade”, reitera a Secretaria.
Campanhas
Tanto na rede estadual quanto na municipal existem campanhas de combate à dengue, com a utilização de mídias na televisão, além de eventos realizados em escolas da rede pública. Há também palestras em órgãos públicos para alertar servidores.
“Existem campanhas municipais e do governo estadual em andamento, com a utilização das diversas mídias, inclusive a televisão, além de campanhas entre a Secretaria de Saúde e a Secretaria de Estado de Educação e a de Meio Ambiente, com eventos que vem sendo realizados em escolas”, afirma a Sesacre.
Também estão sendo realizadas palestras em órgãos públicos para sensibilizar os servidores a verificarem a existência de focos e a eliminação dos inservíveis, através da Núcleo de Educação em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde.