Dos 30 pedidos de socorro, 7 foram atendidos de imediato
No início da noite desta quinta-feira (02) um forte vendaval causou prejuízos à vários bairros da parte alta de Rio Branco. Dos 30 pedidos de socorro, o corpo de bombeiros só conseguiu atender 7, considerados de emergência. Uma família no bairro Jorge Lavocat teve metade da casa destelhada pela força da ventania.
A forte ventania durou pouco tempo, mas foi suficiente para causar inúmeros prejuízos à comércios e residências. Um pé de apuí centenário que existia no bairro Tancredo Neves foi arrancado e caiu em cima de uma casa. Ninguém ficou ferido, mas o susto foi grande.
O Corpo de Bombeiros recebeu 30 pedidos de socorro. Entre as solicitações estavam cortes de árvores que caíram sobre imóveis ou em via pública e também desabamentos. No mesmo dia as três equipes de plantão conseguiram atender apenas 7 ocorrências. Os trabalhos foram retomados nesta sexta-feira. “A gente faz os mais graves, aqueles que causam impedimento de trânsito, árvores que caem em cima de residência. Ontem esses atendimentos foram feitos, os demais que não oferecem tantos riscos estão sendo atendidos hoje”, explicou o assessor de comunicação dos Bombeiros, Eudemir Bezerra.
Na manhã desta sexta-feira (03), quem tinha condições, reparava os estragos nos telhados. Situação diferente de uma família que mora na Travessa da Paz, no bairro Jorge Lavocat. O vendaval destelhou totalmente a cozinha e o banheiro da casa. Seu Raimundo, conta que a ventania chegou muito rápido e só deu tempo de abrigar a família no quarto. “Quando o vento levantou o telhado, que eu vi virando, disse pra mulher e o filho vir pra cá, por que ia cair tudo. Depois o vento levou e a chuva começou a cair dentro de casa. Molhou colchão e tudo”, relata o pedreiro Raimundo Lima.
O filho do casal, uma criança especial já estava de pijamas, quando a ventania começou e um pedaço de cimento atingiu a cabeça. “Saiu bastante sangue”, disse o menino Álvaro Gomes de 9 anos, segurando a roupa ensanguentada.
O acidente durante o vendaval não teve proporções maiores, o que trouxe alívio para a família, mas agora a preocupação é com a próxima noite. Sem condições para comprar o material para cobrir a moradia, evitando passar a noite no relento, a mãe pede ajuda. “Se algum madeireiro puder ajudar com a madeira pra refazer o telhado. Também precisamos de telha, tijolo, o que as pessoas puderem ajudar, a gente aceita, por que pra nós ficou difícil”, disse Rosane da Silva, com a voz embargada.
Quem puder ajudar pode ligar nos telefones: 9981 9677 ou 9931 2712.