Enquanto que na Aleac tem a ampla maioria dos parlamentares em suas mãos
O governador Gladson Cameli (PP), disse no dia da posse que vai jogar duro com seu secretariado, pois quem não apresentar resultados em 100 dias, não fará mais parte da pasta. Antes disso, o jogo duro começou antes da posse, com o Coronel Paulo Cézar Rocha dos Santos que estava cotado para continuar no cargo de secretário de segurança, mas acabou sendo retirado da lista.
Após algumas exigências consideradas absurdas pelo governador, o nome de Paulo Cezar rapidamente foi substituído pelo também Coronel José Américo de Souza Gaia. Mas o recado não era apenas para os secretários.
“Eliminar o tal fuxico e do ego, pois não há tempo para isso. O cara que começar a falar mal do outro é rua. Não tenho tempo, é um fogo a menos, que eu não sei para quer serve isso. Além de sobrar para o governador e para o povo”, explica o governador do Acre.
O governador estava se referindo também aos políticos que correram atrás de cargos e até secretarias completas, ele disse que não vai ceder às pressões, mas quebrou o discurso, quando beneficiou a filha da ex-deputada federal Antônia Lúcia (Republicanos), Gabriela Câmara, com o Instituto de Terras do Acre (Interacre), a família Bestene com o Serviço de Água e Esgoto do Estado do Acre (Saneacre) e o deputado Luiz Tchê (PDT) que vai ter a Secretaria de Agricultura a seu dispor, inclusive abriu mão da cadeira de deputado estadual para ser secretário. Mas, todos os deputados ligados ao governo sempre têm seus cargos, um “mimo’ em troca de silêncio a aprovação de matérias.
Na Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac), o governador Gladson Cameli (PP), tem a ampla maioria dos parlamentares em suas mãos. Entre os oito deputados federais, segue a mesma regra, mas entre os senadores, a situação é diferente – uma linha de oposição.
Dois senadores formam adversários diretos ao governador Gladson Cameli na eleição, entre eles Márcio Bittar (União Brasil) que era defensor do governo, mudou de ideia quando viu sua ex-mulher Márcia Bittar (Partido Liberal) não ser contemplada na chapa com Gladson.
Segundo o senador Márcio Bittar (União Brasil), agora ele fará um trabalho independente. Enquanto que o senador Sérgio Petecão (PSD), outro candidato ao governo, disse que fará uma oposição com consciência a Gladson, faraá o que for bom para o Estado, mas estará pronto para denunciar, se preciso.
“Eu não pretendo criar nenhum tipo de empecilho. Lógico, vou fazer o meu papel, quando for para ajudar, estarei pronto para ajudar como sempre ajudei. Espero que nós possamos ter um governo que cumpra suas promessas de campanha”, explica Petecão.
O senador Alan Rick era um dos maiores apoiadores de Gladson, ele defendeu o governo por quase quatro anos, quando perdeu o apoio do governador durante a campanha para o senado. Apesar disso, sozinho conseguiu os votos e uma vaga disponível para o Acre, e já anunciou que não estar no time de Gladson.
“Eu espero que o governador Gladson Cameli cumpra suas promessas de campanha, realmente ajude na redução do desemprego no Acre, nos índices de saúde e da nossa economia, além da segurança”, acrescentou Alan Rick
Quanto ao Governo federal, Márcio Bittar e Alan Rick disseram que vão ser oposição e Sérgio Petecão, no qual o partido conseguiu três ministérios o discurso é um pouco diferente.
“Eu vejo um movimento muito favorável de pessoas preocupadas com Amazônia, isso é muito legal. Eu quero que melhore as nossas estradas, saúde e região de fronteira. Já tinha dito ao Bolsonaro, vou dizer ao Lula, nós precisamos ter um tratamento diferenciado “, finaliza Petecão.
“O Governo do Lula começou muito mal, primeiro com a proposta de arrebentar o teto de gastos, o que vai gerar inflação, a corrosão do poder de comprar do dinheiro do assalariado, daquele que recebe o bolsa família, que inclusive estava fora dessa PEC do teto de gasto. O discurso de Lula é péssimo, no que se refere as contas públicas”, finaliza Rick.
Com informações de Adailson Oliveira para TV Gazeta