Entre os 24 parlamentares eleitos, 12 deles são novatos
Os deputados estaduais eleitos no Acre tomaram posse nesta quarta-feira (01), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), em Rio Branco. O primeiro ato dos deputados estaduais foi fazer o juramento. Entre os 24 parlamentares eleitos, 12 deles são novatos.
A maioria representa o interior do Estado que precisa de voz dentro das políticas públicas. Um deles é o Tadeu Hassem (Republicano), de Brasiléia, uma região marcada pela disputa de espaço pelas organizações criminosas. Além disso, a região do Alto Acre também precisa de ajuda para melhoria na infraestrutura.
“O Alto Acre e a fronteira estavam mudos, não tinham voz, não tinham representantes, e agora nós teremos o porta voz do interior. Com isso, vamos fortalecer as políticas públicas naquela região tão importante para o nosso estado do Acre”, diz Hassem
Esse primeiro dia de posse foi mais uma apresentação dos parlamentares. O governador Gledson Cameli (PP) não compareceu, foi representado pelo secretário da Casa Civil Jonatas Donadoni.
Na sessão solene apenas uma certeza, a deputada Michelle Melo (PDT) será a nova líder do Governo. Como vereadora de Rio Branco, ela ficou conhecida pelo discurso duro e denúncias contra o prefeito Tião Bocalom, agora, na Aleac está seguindo o outro lado da trilha: vai fazer a defesa do Governo. A parlamentar diz que mesmo do lado do governo dá para ajudar a comunidade.
“A defesa só é necessária se o Governo não estiver fazendo o seu trabalho. A proposta é que estejamos do lado dele para ser propositivo e trazer boas propostas e não ter a questão da defesa, mas parabenizar pelo bom Governo que ele fizer”, explica Melo.
Ao que tudo indica Gladson Cameli terá tranquilidade na Aleac. A oposição foi quebrada nessa eleição. Dessa forma, neste primeiro momento apenas o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) é oficialmente oposição.
Quem poderia estar nesta lista é o Emerson Jarude, Adailton Cruz, mas indicam que não vão seguir esse caminho de ataques. Otimista, o deputado comunista disse que logo não vai estar sozinho.
“O Governo tem uma base tão larga, que vai ficar empanzinado. Há muitos interesses que não serão atendidos, desejos que não serão realizados e haverá divergências. Na medida que os temas de mais sentidos chegarem nessa casa, vai ficar muito difícil para 50% do parlamento de renovado fazer posicionamento público contra a opinião pública”, observa Magalhães.
Após a sessão solene os deputados fizeram a escolha dos novos membros da Mesa Diretora. Como não havia outra chapa concorrendo, o deputado Nicolau Júnior (PP) que estava na presidência agora será o primeiro secretário, enquanto o Luiz Gonzaga (PSD) que era o primeiro secretário, passa a ser o presidente da Mesa Diretora. Ele garante que assume com apoio de todos os deputados.
“A Assembleia Legislativa terá um papel muito importante, até porque nós vamos ajudar o Governo, mas, nós sabemos que os poderes são independentes e harmônicos. Isso não quer dizer que nós vamos ter conflitos, ao contrário, os projetos que chegarão aqui continuarão sendo analisados e modificados se forem precisos, para que a gente possa beneficiar melhor a sociedade”, afirma.
O vice-presidente será o deputado estadual Pedro Longo, que até cogitou brigar pela presidência. A articulação de Nicolau Júnior além de conseguir a dobradinha com Luiz Gonzaga, uniu os aliados e como primeiro secretário continua dando as cartas na casa.
“A Aleac é que ajuda o Governo a aprovar os projetos que são importantes para a nossa população. A gente vai continuar ajudando e mantendo a democracia na casa. É uma nova fase do Poder Legislativo”, finaliza Júnior.
Com informações de Adailson Oliveira para TV Gazeta