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Home Coluna da Casa Antirracismo em Pauta
  • Um Corpo Negro Morto Gera mais Engajamento que Revolta

    por Agazeta.Net
    20 de setembro de 2023
    em Antirracismo em Pauta
    Um Corpo Negro Morto Gera mais Engajamento que Revolta
    Ouça Aqui

    Por Cassia Iasmin de Oliveira Marinho

    Atualmente, tem sido recorrente nos deparamos com notícias falando sobre a fatalidade de uma bala perdida ter tirado a vida de um adolescente negro. A utilização do termo “bala perdida” não é usada levianamente, ele tem a intenção de trazer a ideia de que foi um infortúnio, no entanto, quando digitamos na barra de pesquisa as notícias relacionadas a balas perdidas constatamos o fato de que essas balas, curiosamente, acabam sempre acertando um alvo que tem a pele negra.

    Ao mesmo tempo que nos noticiários infiltram inconscientemente a ideia de que esses assassinatos são exceções, não possibilitando uma fácil associação dessas mortes a brutal violência policial dirigida a população negra, pela escolha muito sagaz de palavras para compor a manchete, observamos a popularidade dos programas de televisão e jornais que fazem cobertura policial.

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    A grosso modo, esses jornais policias ganham dinheiro por meio da audiência noticiando casos policiais, geralmente esses casos sempre envolvem furtos, assassinatos, tráfico e demais delitos que causam choque, revolta e repulsa nas pessoas que assistem. Além disso, suas manchetes sensacionalistas sempre com apresentadores que se posicionam com forte moralismo, contribui fortemente para a naturalização e banalização do genocídio da população negra brasileira que cresce ano após ano.

    Zaffaroni (2012) interpreta a maneira como as mídias tratam os fatos criminosos com o que ele denomina “criminologia midiática” onde se observa a difusão de um “neopunitivismo” que seria uma seletividade no tratamento ou escolha dos criminosos. Essa criminologia midiática se estrutura com a criação de uma realidade que faz uso da informação, subinformação e desinformação que se mesclam com preconceitos e crenças que se assentam em uma causalidade mágica, que impossibilita que percebamos que essa causalidade não existe, pois ela é recorrente e constantemente justificada com os preconceitos e preconcepções particulares de cada indivíduo.

    Sendo assim, ao sermos constantemente expostos a essa realidade criada, cultivamos um senso de universalização e acreditamos que de fato quando a polícia mata um negro na favela foi porque ele era um criminoso, que isso pouco tem a ver com o racismo estrutural existente em nossa sociedade, visto que todos os dias ao ligarmos o noticiário tem um negro sendo preso, portanto, é natural associar negros ao crime.

    Ok, se levarmos isso em conta, como explicamos o assassinato das crianças e adolescentes negros brasileiros?

    Somente nos últimos sete anos, 601 crianças e adolescentes foram baleados na região metropolitana do Rio, isso significa dizer que, em média, a cada 4 dias uma criança ou adolescente é baleado na região metropolitana do Rio de Janeiro.

    A morte de Thiago Flausino Menezes, de 13 anos, durante uma ação policial na Cidade de Deus em 2023, de Ágatha Félix, de 8 anos, morta por um tiro da polícia em 2019 no Complexo do Alemão, a chacina de 111 tiros disparados contra um carro que ceifou a vida de Wilton Esteves Domingos Júnior, de 20 anos; Carlos Eduardo Silva de Souza, 16; Wesley Castro Rodrigues, 25; Roberto Silva de Souza, 16, e Cleiton Corrêa de Souza, 18, em novembro de 2015. Todos esses casos e os anteriores a este, apesar de gerarem uma comoção com protestos por parte da família e manchetes em jornais, não foram capazes de pressionar a justiça brasileira numa resolução e punição aos seus assassinos[1].

    Esses jovens negros são mortos e viram apenas mais uma manchete de jornal e não há justiça para as famílias das vítimas que convivem com a dor da perca e a brutal necessidade de defender seus filhos contra as especulações falaciosas que são criadas para justificar essas execuções.

    A menção dos nomes de cada um deles, não é sem propósito, mas sim para nos recordarmos que além de um número estatístico, eles foram crianças e adolescentes cheios de sonhos, tinham famílias, amigos e um futuro que foi cruelmente interrompido.

    Segundo o Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública 2019, os óbitos em decorrência de intervenção policial cresceram 19,6% de 2017 para 2018, atingindo a 6.220 pessoas. Considerando apenas esse tipo de morte, 99,3% eram homens e 77,9% jovens de 15 a 29 anos, entre 2017 e 2018.

    Ao analisarmos esses dados podemos constatar que há um óbvio perfilamento racial no brasil, onde o bandido tem uma cor e, diferente do que se pode pensar, essa questão não é uma novidade, nosso país empregou uma política eugenista que objetivava uma limpeza étnica de “raças” consideradas como inferiores para que houvesse a predominância dos “bons genes” da raça branca, que – para a surpresa de absolutamente ninguém – era considerada a raça superior.

    Os negros, portanto, são inicialmente encarados como os braços necessários para o progresso do país e, após a abolição em 1888 são considerados o atraso da nação, o empecilho que impedia o Brasil de se desenvolver, fazendo se necessário uma limpeza racial no país. Os estereótipos do negro como “malandro”, “bandido”, como um indivíduo bruto, burro e que não se podia confiar estão fincados nesse país desde que o Brasil é Brasil.

    Dessa forma, o caminho para a resolução de um problema tão complexo não se dará com a dissolução da polícia, visto que não é ela o único órgão a serviço do Estado brasileiro que pratica violência contra os corpos negros. O primeiro passo deve ser encarar que não há uma democracia num país onde um determinado grupo é alvo de sucessivas violências de Estado baseado em suas origens e, principalmente, baseado em sua cor.

    [1] De acordo com um estudo desenvolvido pelo Núcleo de Justiça Racial (NJRD) da Escola de Direito São Paulo (FGV Direito SP) mesmo em casos famosos de letalidade policial contra negros, a Justiça brasileira evita responsabilizar a letalidade policial contra eles. Disponível em: https://portal.fgv.br/noticias/estudo-mostra-justica-brasileira-evita-responsabilizar-letalidade-policial-contra-negros

    REFERÊNCIAS                                                                            

    ZAFFARONI, Eugenio Raúl. A palavra dos mortos: conferências de criminologia cautelar. São Paulo: Saraiva, 2012.

    “Futuro Exterminado”: plataforma mostra quem foram crianças e jovens vítimas de tiroteios no RJ. Carta Capital, 2023. Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/sociedade/futuro-exterminado-plataforma-mostra-quem-foram-criancas-e-jovens-vitimas-de-tiroteios-no-rj/> Acesso em: 13 de setembro de 2023.

    Cassia Iasmin de Oliveira Marinho – Professora da Rede Pública do Estado do Acre, Graduanda em Artes Visuais pela Universidade de Brasília, Pós-Graduanda em Criminologia na Faculdade Venda Nova do Imigrante (Faveni). Licenciada em História (Ufac). Membro do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas da Universidade Federal do Acre (Neabi/Ufac).

     

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