Matéria produzida em conjunto por Felipe Souza e Pedro Amorim para o Agazeta.net
Na manhã desta sexta-feira (10), a Câmara de Vereadores de Rio Branco debateu sobre a legalidade de empinar pipas em espaços públicos da capital. A sessão contou com a presença de familiares do jovem Fernando Júnior Roca, morto por linha com cerol enquanto andava de motocicleta no último dia 05 de setembro, de pipeiros e mototaxistas.
Fernando Roca, pai de Fernando Júnior, se mostra ativo sobre o assunto e sempre participa de sessões, seja na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) e na Câmara de Rio Branco, como ocorreu nesta sexta-feira. Além dele, Aldecino Fernandes da Silva, membro da Associação de Pipeiros do Acre (APAcre), também esteve presente.
Na ocasião, Roca e Silva discutiram algumas vezes. O pai da vítima chegou, até mesmo, a dizer que uma pessoa de 49 anos, que fica às 15h empinando pipa, é desocupado e criminoso.
“Para mim, uma pessoa de 49 anos, que está às 15h empinando pipa, colocando a vida da população em risco, é um criminoso e desocupado”, disse Roca.
O pipeiro Aldecino Silva, em resposta, afirmou que quem cometeu crime foi a Justiça, pois se eles tivessem espaço próprio para empinar as pipas, o acidente não teria acontecido.
“Quem cometeu crime foi a Justiça. Nós pedimos, há tempos, um espaço para soltar pipa. Isso não é a primeira vez, já tivemos audiência. Nós brincamos na arena. Veja quantos acidentes aconteceram lá, senhor”, comentou Silva.
Após a fala do pipeiro, Fernando Roca voltou a dizer e respondeu que linha chilena tem que ser banida de Rio Branco para a segurança da comunidade. Em retorno, Silva alegou que qualquer tipo linha corta.
“Qualquer linha vai cortar, senhor. Até a linha branca se pegar na pessoa vai cortar. Fica a mesma coisa. O senhor defende como pai”, pontuou o pipeiro.
Mototaxistas
Além dos dois citados, representantes da Associação dos Mototaxistas do Acre também estiveram na Câmara de Rio Branco nesta sexta-feira e prestaram total apoio à família do jovem Fernando Júnior.
Segundo o mototaxista Francisco Nunes de Souza, eles vão reivindicar e disse, ainda, que o ocorrido com o rapaz poderia ter acontecido com qualquer pessoa, incluindo ele e qualquer outro motociclista.
“Vamos reivindicar. Não somos contra nenhum tipo de atividade esportiva, mas desde que tenha um lugar adequado e seguro, que não coloque a vida de ninguém em risco. O que aconteceu com esse rapaz podia ser comigo ou qualquer companheiro de moto. Nós somos a favor da lei que proíbe a atividade”, afirmou Francisco Souza.



