A direção do Sistema Penitenciário Federal suspendeu as visitas sociais e os banhos de sol dos presos no presídio federal de Mossoró (RN). A portaria foi publicada nessa quarta (14), mesmo dia que a unidade registrou a fuga de dois detentos. Além disso, o texto limita o acesso às dependências prisionais, incluindo as áreas de inclusão. Nesta quinta (15), o Ministério da Justiça e Segurança Pública nomeou o atual coordenador-geral de Classificação e Movimentação de Presos, Carlos Luis Vieira Pires, como o interventor na unidade de segurança máxima.
Como justificava para a ação, o governo cita “a necessidade de esclarecimento dos fatos” que resultaram na fuga, além dos procedimentos internos. Na prática, a unidade passa a funcionar no nível dois de segurança.
A decisão foi tomada em meio à crise na segurança e gestão da unidade prisional. A fuga marca o primeiro registro desse tipo na história de uma carceragem federal. Os homens foram identificados como Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento.
O ministério acionou a Polícia Federal, que enviou peritos à penitenciária, abriu investigação e atua na recaptura dos homens. A ação de procura aos fugitivos é integrada por mais de 100 agentes federais. As Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (Ficco) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), com monitoramento de rodoviais federais, também participam da operação.
A secretaria investiga a hipótese de uma obra na prisão de segurança máxima ter facilitado a fuga dos dois, como interlocutores informaram à reportagem. Segundo as fontes, havia ferramentas disponíveis nos fundos do presídio.