A chegada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na noite desta quinta-feira (22), foi marcada por uma grande multidão vestida com a camisa do Brasil, bandeiras, bolo de aniversário e músicas.
Para a família composta pelos os irmãos André Pereira e a Luciana Lovais, que estavam caracterizados com as cores da nação e portando as bandeiras do estado do Acre e do Brasil nas mãos, juntos com os filhos, o momento era de representatividade.
“A verdadeira democracia do país, que não quer fazer com censura à imprensa, a vocês repórteres de serem livres para perguntar, fazer o que bem quiser, ter a resposta que vocês acham que é grosseira ou não”, declara a irmã.
A senhora Lovais também acrescentou que não acredita que o ex-presidente seja machista e homofóbico. “Não tem nada a ver, eu não vejo ele assim. Eu sou uma mulher, sou negra, sou mãe, casada com um indígena, não vejo nada do tipo dessas coisas”.
Já para o senhor Pereira, quando perguntado sobre a motivação de estar no ato de chegada do Bolsonaro ao Acre, afirmou que era uma maneira de ver a democracia sendo feita de forma “correta”.
“Correta, verdadeira e não imposta, como o judiciário faz, porque hoje a política brasileira é comandada pelo judiciário e não pela política como deve ser. [O Judiciário] quer mandar no país como se fossem os donos do país”, diz o irmão.

Suspeita de Golpe
O ministro do STF Alexandre de Moraes retirou o sigilo dos depoimentos de militares e civis no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.
Ao todo, 27 nomes tiveram o depoimento tornado público, incluindo o de Bolsonaro, de ex-ministros do governo e de militares aliados do ex-presidente.
O ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos teria apoiado o ex-presidente Jair Bolsonaro e colocado a Força à disposição dele para levar o plano de golpe de Estado adiante. A afirmação foi feita pelo ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes.
O ex-presidente escolheu ficar em silêncio durante o interrogatório conduzido pela Polícia Federal. Além dele, os ministros-generais que integraram o governo dele também silenciaram: Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional; Braga Neto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa; e Paulo Sergio Nogueira, ex-chefe da Defesa.
Quando abordado esse assunto com os apoiadores, a família acredita que tudo não passa de “fakes news” e que não era possível promover um golpe para “si mesmo”.
“Outra fake news. Como é que você vai promover um golpe no poder, vai dar um golpe em si mesmo? Não existe isso. Não tem como. É igual o golpe de 8 de janeiro. Cadê as câmeras? Tinha câmera em todo canto. Por que que não mostraram as coisas como deveriam ser? E por que que foi distorcido o que estava sendo visto? O que foi visto, o que foi gravado? Foi tudo distorcido. E aí cria-se a narrativa deles. Mentirosa, lógico”, salienta o irmão.
Em relação a suposta prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, André Pereira afirma que até ele pode ser preso. “Olha, do jeito que o Alexandre de Moraes está fazendo, até eu posso ser preso. Agora mesmo falando isso, eu também posso estar incitando o ódio”, acrescenta.
Por fim, Pereira reafirmou a representatividade do Bolsonaro com os brasileiros. “O Bolsonaro representa o povo brasileiro livre, o povo brasileiro que fala o que quer. Quanto a questão de estar falando coisa deles, imputando aí coisas, isso são narrativas como o adversário político dele maior diz, cria-se uma narrativa, trabalha em cima dessa narrativa até que ela se torne verdade”, conclui.
Com informações adicionais do site R7