O delegado Rafael Távora liderou uma diligência que expôs uma situação ilegal em uma clínica veterinária em Rio Branco. A investigação revelou que procedimentos estavam sendo realizados sem a presença de um médico veterinário habilitado, o que configura práticas de exercício irregular de profissão e maus-tratos aos animais atendidos no local.

Durante a entrevista, o delegado esclareceu que o suspeito atendia os animais sem a devida habilitação, com realização de procedimentos que incluíam mutilações e cirurgias, mesmo não sendo um profissional qualificado na área veterinária. A denúncia envolveu diversos relatos como casos de animais que tiveram órgãos genitais removidos de forma inadequada.
“Trata-se de uma investigação relacionada a exercício irregular de profissão e maus-tratos, onde o suspeito atendia sem habilitação, sem ser veterinário, diversos animais. E tem várias denúncias a respeito, onde animais foram mutilados, inclusive, é onde o suspeito atendeu como veterinário, inclusive como cirurgião, médico veterinário”, explica o delegado.

Questionado sobre a prisão do proprietário da clínica, o delegado explicou que o suspeito foi flagrado enquanto atendia um cachorro como veterinário, mesmo sem possuir a formação necessária. O homem foi conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos, enquanto a investigação avança para reunir provas e verificar questões administrativas, como a regularidade do alvará do estabelecimento.
“Ele foi conduzido à delegacia porque no momento que nós chegamos aqui ele estava atendendo como veterinário um cachorro. E por enquanto é continuar a investigação desse caso, juntar todas essas informações e um detalhe que vocês também estão buscando, e se é questão de alvará, ver se aí tem alguma coisa regular ou não”, comenta.

A situação do suspeito, que não foi preso em flagrante, está em análise, com a possibilidade de ser indiciado por maus-tratos devido à falta de qualificação profissional. A investigação contou com a participação de órgãos como a Vigilância Sanitária e foi originada por denúncias de maus cuidados com animais. Um dos casos destacados foi a remoção indevida de órgãos genitais de um animal, o que revela a gravidade das práticas irregulares na clínica veterinária.
“Ele foi pego trabalhando como médico veterinário, não sendo médico veterinário, e será conduzido para a delegacia e aí veremos se ele vai assinar um termo de compromisso e será liberado posteriormente ou não. Mas ele pode ser indiciado por maus tratos, nesse caso. Por ele não ter a formação, isso pode classificar maus-tratos, inclusive um dos animais teve o órgão genital retirado indevidamente”, conclui.
Com informações do repórter Luan Rodrigo para o Agazeta.net