Maurício Barroso Braga, foi preso temporariamente no último sábado (9), sob a suspeita de envolvimento no caso de violência sexual contra a esposa. A decisão foi tomada pelo Ministério Público do Acre (MPAC) que acompanha o processo judicial em segredo de justiça para preservar a vítima.
O crime ocorreu no dia 31 de agosto, na zona rural de Feijó, quando a mulher foi atacada na própria residência. Conforme relato feito pela vítima em redes sociais, ela foi surpreendida enquanto dormia, agredida fisicamente e violentada sexualmente.
Segundo ela, a brutalidade do ataque a deixou inconsciente, sendo supostamente encontrada mais tarde pelo marido. No relato, a vítima detalha a violência que sofreu e a dificuldade emocional que persiste desde o ocorrido.
Investigação
Inicialmente, um adolescente de 13 anos havia sido identificado como suspeito do ataque. Ele foi ouvido pela polícia no início de setembro e o caso foi encaminhado ao Ministério Público e ao Judiciário. No entanto, as investigações prosseguiram, levando agora à prisão temporária de Maurício Barroso Braga como novo suspeito.
Em relação ao adolescente, a Polícia Civil ainda não divulgou se novas medidas foram tomadas, mantendo os detalhes sob sigilo. Segundo o delegado Marcilio Laurentino, em resposta ao site Agazeta.net, a prisão do homem é temporária, com prazo de 15 dias, enquanto a investigação segue.
“É uma determinação do Ministério Público. Estamos ouvindo pessoas e encaminharemos ao Judiciário. Não podemos nos pronunciar além disso devido ao segredo de justiça”, afirma o delegado.
Estupro Marital
O caso, que pode se configurar como um episódio de estupro marital, quando um dos cônjuges obriga ou coage o parceiro a manter relações sexuais contra a vontade, reforça o debate sobre os desafios enfrentados pelas mulheres em situações de violência dentro de relações íntimas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que, no Brasil, 33,4% das mulheres com 16 anos ou mais já foram vítimas de violência física ou sexual provocada por parceiro íntimo ao longo da vida. Destas, 24% afirmaram ter sofrido agressões físicas como tapa, batida, e chute; e 21,1% foram forçadas a manter relações sexuais contra sua vontade.