A madrugada de sábado foi marcada por um crime brutal que ceifou a vida da jovem Giovanna Souza Silva, de apenas 16 anos, assassinada a facadas por seu ex-companheiro Leandro da Silva Rodrigues, de 37 anos. Após intensas buscas e a prisão dele pela Polícia Militar, um impasse judicial quase resultou na sua libertação, provocando revolta na família da vítima.
Inicialmente levado para a Delegacia de Flagrantes, Leandro foi transferido para a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), onde permaneceu sob custódia. A família de Giovanna, incluindo a avó e tios, foi até o local após receber a informação de que ele poderia ser solto, já que não havia um mandado de prisão preventiva expedido até aquele momento.
“Ele é um monstro. O que ele fez com minha sobrinha não tem justificativa. Ela já tinha uma medida protetiva e, mesmo assim, ele a matou. Queremos justiça, ele não pode ser solto!”, desabafou, emocionada, uma das tias da jovem.
De acordo com informações da Deam, a delegada plantonista, Dra. Michelle, havia encaminhado a representação para a prisão preventiva via sistema eletrônico ainda durante a madrugada. Entretanto, até as 9h50 do domingo, nenhum despacho havia sido realizado pelo juiz plantonista, aumentando a angústia da família e a preocupação das autoridades policiais.
Após horas de espera e intensa mobilização, o despacho do juiz foi finalmente expedido enquanto o boletim de ocorrência ainda estava sendo finalizado. Com o mandado de prisão decretado, Leandro da Silva Rodrigues está oficialmente à disposição da Justiça e será investigado pelo crime contra Giovanna, que está sendo tratado como feminicídio pelas autoridades.
Com o mandado em vigor, aguarda-se agora a realização de uma possível audiência de custódia para definir o encaminhamento de Leandro. As investigações seguem sob a responsabilidade das autoridades competentes.
O possível feminicídio de Giovanna expõe, mais uma vez, a urgência de reforçar medidas de proteção para mulheres em situação de violência, além de evidenciar falhas no sistema de resposta rápida da Justiça em casos de extrema gravidade.
Canais de Ajuda:
O acolhimento da vítima é essencial para romper o ciclo de violência e desvincular-se do agressor. É fundamental contar com uma rede de apoio, que pode incluir familiares e amigos, além de serviços especializados que oferecem assistência jurídica e psicológica.
As vítimas podem procurar a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) pelo telefone (68) 3221-4799 ou a delegacia mais próxima.
Também podem entrar em contato com a Central de Atendimento à Mulher, pelo Disque 180, ou com a Polícia Militar do Acre (PM-AC), pelo 190. Outras opções incluem o Centro de Atendimento à Vítima (CAV), no telefone (68) 99993-4701, a Secretaria de Estado da Mulher (Semulher), pelo número (68) 99605-0657, e a Casa Rosa Mulher, no (68) 3221-0826.
Com informações da repórter Rose Lima para TV Gazeta



