Crime que ocorreu em frente à delegacia da Cidade do Povo, na última segunda-feira (9), em Rio Branco (AC), envolvendo uma perseguição e disparos de arma de fogo que resultaram na morte de Jeremias Lima de Souza, de 39 anos, apontado como membro de uma organização criminosa atuante na região. Inicialmente, acreditava-se que Jeremias teria morrido após ser atropelado por um veículo modelo Gol branco durante a perseguição, mas a investigação revelou uma trama ainda mais complexa.
Segundo o delegado Alcino Júnior, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o laudo do Instituto Médico Legal (IML) descartou o atropelamento como causa da morte. “A vítima sofreu cinco contusões pelo atropelamento, mas não foram fatais. A causa da morte foi um disparo de arma de fogo que atingiu sua escápula esquerda”, explicou.
De acordo com a investigação, Jeremias e um comparsa em uma motocicleta perseguiram o condutor do Gol branco, confundido com um líder rival. Durante a perseguição, disparos foram efetuados contra o veículo, que acabou parando em frente à delegacia. Jeremias foi morto por um disparo de arma de fogo, possivelmente oriundo do confronto iniciado pelos criminosos.
Após dias de buscas, o condutor da motocicleta foi localizado e preso em Goiânia (GO). “Ele fugiu para Goiás usando um táxi, mas, graças à colaboração da Polícia Rodoviária Federal, conseguimos localizá-lo em um hotel, onde estava hospedado com sua família”, relatou o delegado. A emissão do mandado de prisão preventiva foi realizado no sábado (14), e ele foi detido na manhã de domingo (15).
A motivação para o crime seria uma disputa entre facções criminosas. Jeremias estaria no Acre para executar um líder rival, mas o plano acabou resultando na morte dele mesmo. “Ainda aguardamos o laudo do local do crime, mas a dinâmica está esclarecida. Foi uma resposta rápida e qualitativa da polícia”, finalizou o delegado.
A investigação agora se concentra na conclusão dos procedimentos legais e na transferência do suspeito preso para o Acre, enquanto a Justiça dará continuidade ao caso.
Matéria feita em colaboração com o repórter Luan Rodrigo da Tv Gazeta