A Defesa Civil do Acre mantém estado de alerta devido às chuvas intensas provocadas pelo fenômeno La Niña, que têm elevado os níveis do Rio Acre e outros mananciais no interior do estado. Um dos principais focos de preocupação é a Estação de Tratamento de Água (ETA 1), que enfrenta problemas estruturais causados por um processo de erosão, enquanto a ETA 2 já se encontra em situação de emergência desde abril.
O Tenente-Coronel Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil Estadual, alertou que um decreto de emergência para a ETA 1 pode ser anunciado caso a situação se agrave. “Estamos reunidos com o planejamento estadual, o prefeito e o Saerb para preservar o abastecimento de água em Rio Branco. Apesar de o recurso federal ter sido liberado, ainda aguardamos a portaria de empenho”, destacou.
Além das questões envolvendo as ETAs, o nível do Rio Acre segue em elevação, trazendo desafios adicionais. Em Rio Branco, o rio ultrapassou a marca dos 10 metros nesta sexta-feira e pode alcançar 11 metros nos próximos dias. Em Capixaba, o nível subiu mais de 2,5 metros nas últimas 24 horas, ampliando o alerta na região da capital.
A segunda fase do plano de contingência foi ativada. “Estamos tomando medidas preventivas para agir imediatamente caso o Rio Acre alcance cotas de alerta ou transbordamento”, explicou o coronel.
Em Brasileia, o Rio Acre alcançou recentemente a cota de alerta de 9,80 metros, mas apresentou uma leve vazante, registrando 9,63 metros nas últimas horas. Já no Riozinho do Rola, a ponte permanece intransitável, com a água entre dois e três metros acima da estrutura. O transporte na área é realizado por balsas do Deracre, enquanto equipes monitoram a segurança das travessias.
Na capital, o bairro Jarbas Passarinho enfrenta isolamento parcial devido ao aumento do nível do Igarapé-Reneção, que comprometeu parte do aterro. Atualmente, apenas a passarela permanece acessível, com vistorias constantes realizadas pela Defesa Civil.
A Defesa Civil trabalha 24 horas em parceria com órgãos municipais e estaduais para mitigar os impactos da cheia e proteger vidas e patrimônios. As orientações para os moradores das áreas ribeirinhas são permanecer atentos às notificações, colaborar com as autoridades e evitar riscos desnecessários.



