Professoras compareceram à Câmara de Vereadores de Rio Branco para exigir a convocação dos aprovados no cadastro de reserva do concurso municipal da educação de 2019, nesta terça-feira (04). Com o certame prestes a vencer, as docentes alegam que atualmente tem muitos professores provisórios com certames vencidos nas escolas.
Rosilane de Souza Barroso Araújo, professora há 15 anos e representante do cadastro de reserva, denunciou a negligência da gestão atual. Ela destacou que a rotatividade de docentes tem prejudicado a qualidade do ensino, especialmente na alfabetização de crianças, forçando muitos pais a contratarem professores particulares.
“Desde que essa administração assumiu, nossos direitos têm sido negados. Poucos foram chamados, enquanto professores provisórios, sem garantias, permanecem nas salas de aula”, afirma.
A professora também apontou irregularidades na gestão educacional, como a contratação inconstitucional de professores provisórios e a falta de credibilidade em processos seletivos baseados em análise de currículo. Ela pediu que os vereadores revisem o Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) da educação municipal e priorizem a efetivação dos professores do cadastro de reserva.
“Não há transparência. Há pessoas atuando na Secretaria de Educação sem a qualificação necessária, inclusive para lidar com crianças autistas”, denuncia.
Jamaica Cruz, outra professora presente à sessão e mãe de uma criança autista, reforçou as críticas. Ela lembrou que o concurso de 2019, realizado durante a gestão da ex-prefeita Socorro Nery, ainda está vigente, mas foi paralisado durante a pandemia. Ela também destacou a importância de os vereadores representarem os interesses da população e não os do prefeito.
“Estamos aqui como professoras e mães, lutando por uma educação de qualidade. A atual gestão tem burlado a lei, mantendo contratos provisórios de forma irregular”, afirma.
As docentes cobraram dos vereadores um posicionamento firme em defesa da educação pública.
“Nós pagamos impostos e temos o direito de exigir um ensino de qualidade para nossos filhos. Precisamos de um quadro efetivo de professores, e contamos com o apoio desta Casa para que isso aconteça”, conclui Souza.
Estagiário supervisionado por Gisele Almeida
Produção de Gisele Almeida