A Polícia Civil de Goiás, em conjunto com as polícias civis do Acre, Rio de Janeiro e São Paulo, executaram a Operação Fake World, com o objetivo de acabar com uma organização criminosa especializada em golpes aplicados por meio de mensagens online, nesta quarta-feira, 19. A ação resultou na prisão de quatro pessoas no Acre e em outras localidades do país, além de investigações que apontam para um prejuízo total de aproximadamente R$ 93 milhões.
De acordo com o delegado da Polícia Civil (PC/AC), Pedro Paulo Buzolin, o esquema criminoso atuava por meio de mensagens enviadas a vítimas via aplicativos de redes sociais e mensagens instantâneas. Os criminosos convidavam as pessoas a participar de supostas campanhas publicitárias, com prometimento de pagamentos em troca de curtidas e interações com empresas. No entanto, para ingressar no esquema, as vítimas eram induzidas a depositar pequenas quantias, que posteriormente aumentavam, sem nunca receberem qualquer retorno financeiro.
“Eles prometiam que, após o investimento inicial, as vítimas receberiam valores significativos. Mas, na realidade, era uma promessa falsa. As pessoas acabavam perdendo dinheiro, acreditando em uma falsa oportunidade de trabalho online”, explica o delegado Buzolin.
A organização criminosa contava com membros espalhados por diversos estados do Brasil, cada um com funções específicas, como receber e repassar valores aos líderes do esquema. A investigação, liderada pela Polícia Civil de Goiás, contou com a colaboração de policiais civis do Acre, Rio de Janeiro e São Paulo, além de outros estados.
Durante as ações realizadas na manhã desta quarta-feira, foram apreendidos documentos, celulares e computadores que serão analisados para identificar outros envolvidos no esquema. A operação também revelou que os golpes eram aplicados em larga escala, com vítimas em todo o país.
“Essa é uma investigação que ainda está em andamento. Estamos falando de um esquema que movimentou quase R$ 100 milhões, e a tendência é que mais pessoas sejam identificadas e presas”, afirma o delegado.
Matéria em vídeo produzida pelo repórter Luan Rodrigo para a TV Gazeta